Rebotalhos. Essa foi mais uma palavra difícil que aprendi ao longo do meu tempo com Nate. Não difícil por ser diferente, mas difícil por seu significado. Escória da sociedade. Foi assim, com essa palavra que soava até feia aos ouvidos, que meu pai encerrou nossa discussão. Ele não me bateu, mas eu preferi que tivesse feito. Teria doído menos do que saber que meu próprio pai me acha inútil, sem valor.

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Enfiei mais uma cueca na mochila de qualquer maneira, sem nem me importar em separa-la do restante das roupas. Eu queria sair daquela casa o mais rápido possível, queria ver o mínimo que pudesse o rosto daquele homem que se dizia meu genitor.

A mensagem de Nate piscava na tela do meu celular, palavras tão simples, mas tão cheias de significado pra mim.

"Fica na minha casa."

Eu sabia que poderia contar com ele. Sabia que, de todo mundo, ele não me abandonaria naquele momento. Era por isso que o amava. Era mais do que apenas gostar de ficar com ele, da sua companhia ou do sexo. Era saber que ele estaria do meu lado, mesmo quando todos me virassem as costas. Era saber que ele me amava também.