Luminar

Capítulo 17 - Xilindró


A cabeça latejava quando acordou. A sala era escura e silenciosa. Virou o rosto sem conseguir evitar um gemido – o golpe fora forte – mas precisava saber aonde estava. O movimento reavivou a dor, e não ajudou em muita coisa. Estava em um colchão de palha. Ao seu lado, uma bacia com água e, na parede oposta, um balde. Não havia janelas, apenas grossas barras de ferro. Então se lembrou da cena. Apalpou os bolsos freneticamente, sem encontrar as ervas. Não, não, não! Não podia. A morte da cleriga seria sua culpa e iria o excruciar para o resto da vida. Ignorou a tontura, levantou-se em um salto, e só então ouviu a voz.

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— Bom dia, bela adormecida. Dormiu bem? Achei que eu tinha exagerado, mas acho que você é que é fraco!

O tom de zombaria era evidente, mesmo sem antes notar o sorriso presunçoso do guarda. Ele odiava aquele tipo de expressão – exceto quando em si mesmo. Estava pronto para rebater quando uma conhecida apareceu, posicionando-se ao lado do soldado.

— Desculpe o trabalho do meu amigo. Ele não criará mais problemas, não é mesmo?

— Só um idiota foge da guarda, não tive muitas opções. Tente se portar na próxima!