Minha mãe sempre teve as ofensas mais criativas. Era a própria personificação da ironia. Eu nunca era bom o suficiente, a não ser que o tema fosse me transformar em um saco de pancadas moral. Por um bom tempo, fiquei irritado. Eu trabalhava duro, poxa! Mas ela também. Enquanto eu saltava de bico em bico, mamãe costurava roupas para fora e criava uma filha pequena. Certa noite, quando voltei para casa exausto, ela apontou o armário que eu consertara na tarde anterior. As prateleiras haviam desabado do nada. Ela me chamou de “sucateiro”. Saí de casa e não voltei mais.

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