No compasso do receio

O sussurro da saudade


O clima daqui é bastante agradável. Uma simplicidade tênue que vai dos rostos das pessoas até o toque suave da brisa. Eu nunca havia apreciado acordar com o canto dos pássaros. Nunca havia percebido o quanto o sorriso de uma criança é valioso. Durante anos, apenas acreditei que era feliz. Tinha meu próprio apartamento, minha licença Hunter, minha vaga em uma das melhores faculdades de Medicina do mundo... Vir para cá quebrou todas as minhas expectativas. E, constantemente, sinto falta de minha mãe.

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O vilarejo é pequeno e pobre. O hospital é precário. Mas aqui estou eu, de pé bem cedo todos os dias, cumprimentando as crianças e perguntando o motivo de suas dores. Nada é pequeno demais. Uma febre, um braço quebrado, um tornozelo torcido, um joelho ralado... ou uma simples manha para não tomar a vacina. Vamos, não faça assim. Não quer crescer e ser forte como seu pai?

Eu gosto daqui. Acho que nunca fui tão humano. Vejo muitas dores, eu sei. Vejo o sofrimento, a luta das pessoas daqui, a esperança em seus olhos. Nada se desperdiça. Não se vê sequer rebotalhos pelas ruas. Sim, eu gosto...

Mas, Kurapika... eu ainda me pergunto onde você está.