No compasso do receio

A canção do fantasma


Sinto minha respiração descompassada. As sombras são fantasmas sem corpo, sem vida... mas com aura. Estou estremecendo, e a força de meus dedos agarrados na pele é tanta, que a cor se esvai de mim. Ele está aqui. Está por todas as partes. Um olhar de morte que me encara. Olhos frios tingidos da escuridão mais profunda. E os meus, tingidos de sangue, vibram nas notas do medo.

Eu nunca imaginei... em meus piores pesadelos... eu nunca imaginei que seria assim. Os ruídos que me assombram. As imagens que me perseguem. Meu corpo fraco. Minha mente enleada. Esse ódio é tão descomunal... E eu que pensava que meu ódio era insuperável. Mas Nobunaga foi um oponente honrado até seu último segundo. Vingaria a morte de seu companheiro... mesmo que a vingança se alastrasse após sua morte.

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Eu tive de fugir! Por favor, por favor, entenda! Eu tive de fugir... Ele ia atrás de você... Ia matar você... ia te matar para se vingar de mim! Para me atingir, para me destruir por dentro. Como se eu já não estivesse destroçado. Mas eu tinha de te proteger, Leorio... Meu único ato de amor... Sei que te magoei.

Mas não tenho arrependimentos.