Havia um homem na minha cama. Ele aparecera no meio da noite, pedindo abrigo. Qualquer um recusaria. Kurapika era um idiota, fugindo de repente e me deixando morto de preocupação, para depois voltar sem aviso com aquela cara de inocente que só ele sabe fazer, o maldito. Óbvio que o deixei entrar.

Depois de preparar o café, recostei-me no batente da porta para observá-lo dormir. Quando desperto, é sempre tão sisudo. Mas, dormindo, parece apenas triste. Acariciei seus cabelos. A missão na Sêmita dos Saqueadores fracassara. Os olhos não estavam lá. Kurapika não chorou por isso. Eu choraria por ele.

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