Solitude

O velório de um Outro Eu


Já perdi as contas de quantas vezes viajei para o ponto mais fundo dentro de mim mesma somente para passar horas velando tudo o que eu costumava ser, tudo o que eu costumava sentir, enfim, toda a parte boa de mim.

Todo o tempo gasto nesse lugar serve como uma espécie de castigo, uma punição para o meu fracasso, pois tudo o que eu tinha que fazer era aguentar firme e não deixar que me envenenassem a alma, mas eu fui fraca, eu cedi, e a injeção letal veio por meio de minhas próprias mãos.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Agora, olhando para o corpo inerte que deveria ser meu futuro, só consigo desejar que as posições fossem invertidas, eu, com toda a minha solidão, com todos os meus medos e frustrações é quem deveria estar ali, sem vida, enrolada naquela mortalha, e ela, com toda a sua alegria, determinação e força de vontade deveria estar viva e correndo atrás de seus sonhos… isso seria, sem dúvidas, o melhor para todo mundo.

Mas já não há mais volta. Tento refazer meus passos de volta à realidade…Até a próxima visita.

A garota sorridente e despreocupada jaz agora velada em algum ponto obscuro dentro do meu coração.