Capítulo 22

A cada dia que se passava, ele foi se aproximando cada vez mais. Aconteceu naturalmente, como tinha que ser. Eu não sabia para onde ir, e ele não parecia ter pressa para voltar da onde é que tenha vindo.

Ficamos em uma pousada, ele pagou pela hospedagem e pela comida. E saímos logo cedo, para explorar os arredores, conhecer outras pessoas.

Eu teria gostado de ficar ali, me estabelecido. Estava começando a criar uma amizade com a filha do estaleiro, a me sentir em paz. Talvez nem fosse o lugar em si, poderia ser ele. Esse cara incrível que fez com que eu me sentisse bem.

Por mais que perguntasse, não me forçou a nada, só ficou do meu lado, sentia que eu estava passando por um momento de transição e precisava de espaço, mas que não queria ficar sozinha.

E então, chegou a hora de partir.

— Você pode ficar aqui, se quiser. Vai ter um emprego, um lar. Pode ser feliz nesse lugar, ou pode ir comigo - ele disse.

Fiquei pensando na vaga de ajudante de cozinha que tinham me oferecido. Na doce menina que era agora minha amiga. E em como eu estava enleada por esse cara.