Caso Arquivado.

Capítulo VIII — O riacho de Tóquio.


Capítulo VII.

‘‘Estamos em frente á entrada do riacho municipal de Tóquio, onde mais de dez vítimas foram encontradas brutalmente mortas. Estamos aqui com os responsáveis pelo caso, Toshio Keiko e Yuki Miyamoto. Por favor, nos digam o que está acontecendo.’‘ O jornalista disse, se aproximando do local que estava em quarentena.

‘‘Boa noite, querida população.’‘ Toshio começou gentil, mas logo mudou sua expressão pra séria. ‘‘Ocorreu mais um homicídio aqui, e pelo que sabemos, foi uma família de cinco pessoas, que vieram do exterior.’‘

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‘‘Tem mais alguma informação para nos contar?’‘

‘‘Apenas pedimos para todos que frequentavam o riacho, para não se preocuparem. Daqui algum tempo tudo estará ao normal, é apenas um animal que surgiu da floresta próxima. Estamos resolvendo isso. Boa noite á todos, mas temos que ir.’‘ Miyamoto sorriu, saindo com Keiko dali. O jeito que o jornalista implorava por mais respostas era irritante.

Iori via tudo na televisão atentamente, coletando cada expressão facial nos detetives e até mesmo jornalista e anotando em seu bloco de notas. Apesar de não querer admitir, uma hora ou outra, ele teria de agradecer á Hinata por abrir seus olhos.

Estava tão concentrado nas anotações, que sequer percebeu seu celular tocar, e apenas no quinto toque ele ouviu a música irritante. Deu um suspiro simples e atendeu o celular;

— Agente Konoka, número 099 á sua disposição. O que gostaria?

— Iori-kun... Me ajude. P-Por favor... — A voz de Yumeko estava falhando, e o homem não sabia dizer se era o sinal ou a voz da mulher. — Eu preciso.... — Mais uma falha — De ajuda...

— Yumeko! Onde você está? — Se levantou, procurando por suas chaves. Até notar o silêncio em seu ouvido — Yumeko?

— . . .

A ligação havia caído. Miyamoto parecia estar em perigo, e se fosse realmente sua voz que estivesse num timbre falho, ela estava ferida. E a última coisa que Konoka queria, era sua colega de trabalho machucada.

Pensou em alguma possibilidade de onde ela estivesse, porém não havia falado com ela fazia 8 horas, não tinha sequer uma pista. Decidiu ligar para Nara, já que ultimamente ele e Miyamoto estavam próximos — até demais.

Alô, alô? Agente Nara na ligação, o que gostaria?

Nara! Por favor, você sabe onde está Yumeko-chan? — E o homem sério e rude que Iori havia se transformado, sumiu por instantes.

Ah, Miyamoto-san. Eu estava indo me encontrar com ela, no parque municipal. Por quê? Não me diga que quer ir conosco...

Não! Aconteceu alguma coisa, ela me ligou agora pouco com a ligação falhando, parecia estar ferida, eu não sei aonde ela foi e-

Estou indo pra sua casa.

Nove e quarenta e um da noite, Sexta feira de 2009.

A campainha ecoou pelo apartamento de Konoka, que abriu a porta eufórico e cumprimentou seu colega de trabalho — Nara —, o deixando entrar.

— Ela já ligou mais alguma vez? Mandou mensagem, deu sinal de vida?

— Não... Eu estou tentando rastrear sua localização, mas, parece que ela está em um subsolo. — Iori se sentou no sofá, mexendo no notebook e coletando mais informações.

— Subsolo? Eu não sabia que tínhamos isso aqui em Tóquio...

— Eu também não, mas eu não tenho a mínima ideia da onde ela esteja, mas, quero que ela esteja bem, e tenha sido apenas uma falha de sinal.

E o telefone de Iori tocou novamente, o mesmo atendeu rápido, quase deixando o aparelho cair de sua mão.

— Yumeko?!?

— Que grosseria, Iori-kun. Eu pensei que ficaria feliz em ouvir minha voz, mas parece que já arranjou uma mulher nova.

— Hinata... desculpe, aconteceu alguns problemas. O que foi?

— Eu tenho algumas informações sobre o paradeiro de Yumeko. E mais alguns detalhes sobre o caso do riacho.

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Dez e nove da noite, sexta feira de 2009.

Os agentes estavam em frente á entrada do riacho municipal de Tóquio. O mesmo local que horas atrás, Konoka viu pela televisão. Mesmo que não quisesse admitir, estava sentindo calafrios só de imaginar que pessoas morreram lá dentro — sem motivo algum.

Estavam esperando a senhorita Hideki, que atualmente trabalhava em uma cafeteria apenas para pagar as contas, já que ela esperava a resposta de um e-mail de agencia de modelo. Logo, ouviram o som dos saltos finos da mulher se aproximar, e se viraram em direção.

Na opinião de Iori, ela estava elegante e bonita como nunca. Os cabelos lisos e negros, o batom vermelho marcando e destacando sua beleza, e as roupas sociais e chiques. Se ainda fosse um homem bobo - mesmo que tivesse um pouco do antigo Iori dentro de si -, ele ainda cairia aos pés de Hinata.

— Parem de me encarar. Parece que matei alguém — A mulher brincou, se aproximando dos homens. — Pelo que descobri, Yumeko passou por aqui, e parece que ela entrou no riacho.

— Primeiro: por quê diabos Miyamoto entraria num lugar onde ela mesmo era avisada e lembrada todos os dias que pessoas MORRERAM lá dentro? Segundo: onde você descobriu o paradeiro de Yumeko? — Nara indagou eufórico, respirando fundo para não soltar um palavrão.

Hinata apenas deu um sorriso de canto, pegando seu grampo de cabelo e aproximando do portão de entrada, abrindo o mesmo com facilidade. Ela ainda era uma boa detetive.

— Eu tenho meus contatos. Agora, parem de encher o saco e entrem aqui, caso queiram a amiga de vocês viva.