Daphne

— Você acha capaz que ele seja minha alma gêmea?

Astoria sorriu levemente para a irmã.

— Não — foi sincera — Você e Theo se conhecem há muito tempo. E você saberia, certo? A frase! E ele teria dito também.

Daphne suspirou, mas sorriu mesmo assim.

— Tem razão, mas isso não muda as coisas. Foi só algo que esteve passando pela minha cabeça.

Era um assunto interessante de pleitear, mas Astoria queria saber de outras coisas.

— Como você está? Estão morando onde? Os pais dele aceitaram?

Não planejava bombardeá-la com perguntas, mas a curiosidade e preocupação eram grandes.

— Estou ótima, apesar de mal pela mamãe. Estamos morando na casa dos pais dele e, sim, eles aceitaram, mas parecem pensar ser algo passageiro. Não nos levam muito a sério — ela respondeu, tranquilamente.

— Isso não te chateia? — perguntou Astoria, estranhada pela atitude dela.

— É melhor do que nossa mãe, que nunca teria aceitado. Que teria, provavelmente, nos expulsado de casa à nossa própria sorte.

Tinha certeza de que estava exagerando, mas nada mais disse.

— É difícil... — Daphne fechou os olhos — O pai do Theo foi absolvido, mas ele não parece ter mudado muito.

— Esbarraremos com esse tipo de gente todos os dias, minha irmã.