Monster
Lamentos
Covarde, covarde, covarde!
Eu gritava enquanto ele era indiferente.
Eu achei que era como aquele personagem de Robert Louis Stevenson. Tinha dupla personalidade. O homem e o monstro viviam dentro de mim? Qual forma eu teria aqui e agora?
O monstro era persuasivo e puxativo. Tragava-me para dentro dele até não nos distinguirmos mais.
— Não estou dentro de você humano. Eu sou bem mais que isso. Estou muito além. Olhe pra mim e verá.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Eu olhei novamente para aquele poço vazio. Senti mais uma vez o medo e o desespero.
— Por que me confunde? Por que rouba minha aparência e ainda destrói a minha vida?
— Por que você anda e fala?
— Basta! Não quero mais ouvir.
— Você não percebe que há uma razão? Não percebe que estou aqui por um motivo? Que sou uma versão bem melhor do que você jamais foi?
— Não é, você não... não é... você...
Minha voz se perdeu em meio a lamentos de um homem repleto de dor.
Cada coisa em mim parecia não me pertencer mais. Quem nós éramos?
— Eu sei ler os homens. Sei tudo que se passa nessas mentes doentias. Se você reparar bem, não é só eu que sou o monstro.
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