Mero coadjuvante

Clark colocou a bandeja de carne no carrinho que Bruce empurrava pelo supermercado. Enquanto ele escolhia tomates, Bruce decidiu pegar uma garrafa de vinho, passou pelo freezer e escolheu sorvete de pistache, sabia que era o favorito de Clark.

Pararam rapidamente no mercado, antes de retornarem ao apartamento de Bruce, em Washington. Estavam acompanhando a celebração anual da ONU, naquele ano, uma convidada especial era introduzida como embaixadora da paz, a Mulher Maravilha, princesa amazona ao qual Bruce ainda não tivera a chance de conhecer pessoalmente.

Quando terminaram, pagaram e foram caminhando pela rua, carregando os itens em duas sacolas de pano, recém adquiridas.

Ao virarem na esquina, viram uma faixa de interdição com alguns homens discutindo a trepanação do terreno para a construção de um novo prédio. Foi quando a mandíbula acoplada ao guindaste despencou e o destino daqueles homens seria fatal, caso Superman não estivesse passando ali por acaso.

Bruce olhou a sacola caída e o sorvete ir rolando pela calçada. Pegou-a e continuou caminhando, depois Clark apareceu atrás dele, ajeitando os óculos.

Não podia ignorar o incômodo que sentia quando Superman aparecia. Bruce se via como um mero coadjuvante, mesmo que não fosse a intenção de Clark.