Alexa

Espíritos livres seguem seus próprios caminhos


O sol batia em sua pele exposta em meio aos lençóis. Quando era mais jovem, Mia e ela sempre fantasiavam estar em um hotel assombrado, Mia era a mocinha, Alexa era a bruxa.

Mas dormir em uma cama de verdade, após muito tempo na estrada, foi uma verdadeira benção.

Cenas embriagadas e entorpecidas da noite passada passaram por sua mente.

A boca ainda tinha o gosto dele.

Um pequeno sorriso escapou por seus lábios.

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A porta abriu-se, Jesse fitou-a, hesitante.

— Hey.

Eletricidade.

— Hey.

— Surgiu um imprevisto...

Sempre havia imprevistos.

— ...Uma apresentação de bandas para um produtor, em Nova York.

Ah.

A cidade barulhenta. Na Costa oposta à que eles estavam.

Oposta a seu plano.

— Tudo bem.

Estava realmente.

Fugitivos tinham cúmplices, mas o caminho pertencia somente a eles. Buscavam por aventuras, marcavam e era marcados por quem escolhiam para participar, deixavam vestígios.

E se separavam. Porque eram espíritos livres, os dois eram.

— Saem agora?

— Não, mas tenho que ligar para o seguro. Uma fugitiva roubou meu carro, não pude fazer nada, ela era estonteante.

Tentou contestá-lo, porém um olhar rotundo calou-a.

— Vou ter notícias suas?

— Talvez.

— Vou te ouvir no rádio?

Abriu o sorriso de tigre.

— Talvez. Adeus, estrela cadente.