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Fluorescência e eletricidade, a juventude selvagem


— Onde está o resto da sua banda? Ela é só imaginária?

Ele havia a feito falar, agora era sua vez.

Já tinham voltado ao Mustang.

— Passamos um longo tempo na estrada, eles foram visitar as famílias.

— Vocês são bons?

— Bem, vamos tocar em San Diego hoje à noite – Ele sorriu de lado, com olhos a pleitear a garota – Descubra.

Ela iria.

As luzes monocromáticas tingiam sua pele, o ar cheirava a cigarros, álcool e excitação. A banda tocava, Jesse arrancava suspiros das garotas ao seu lado, cantando e tocando a guitarra.

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A multidão balançava ao som da música. Eles eram bons. Tocavam canções que haviam em seu walkman e outras que ela sabia que fora Jesse quem escrevera, havia seu estilo nos versos.

Ele apontava seu sorriso de tigre e olhos desafiadores para ela, a única garota com pontas azuis desbotadas.

O rock, as pessoas entusiasmadas alheias ao segredo daqueles pares de olhos que se encaravam, as luzes e o chão tremendo. Era eletricidade.

No final da noite, ele a beijou.

As áureas fluorescentes daqueles dois jovens irradiavam ainda mais, tocando-se. Reconheciam-se. Eles incendiavam a si mesmos por diversão, perseguiam visões de seus futuros. Imprudentes.

Partes da juventude selvagem.