Alexa

Palavras libertam


Ela não o respondeu de imediato, apenas olhou-o por um segundo e depois voltou sua atenção para um gibi do Watchmen jogado nos seus pés.

— Que coisas?

— Estamos chegando na costa. Quer dizer, eu poderia te mostrar Santa Monica, mas todos vão a esses lugares. Quero mostrar algo diferente.

Assim, pararam em uma cidadela pequena e alegre, o cheiro da maresia estava presente.

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E o garoto lhe mostrou o píer.

Alexa gostava de ter seu coração acelerado, mas naquele momento, ele parou. E estava tudo bem.

Não era grandioso. Mas havia pequenas coisas que o tornavam especial e ela entendeu porque Jesse, o grande observador, gostava dali.

No chão e nos corrimões havia luzinhas iluminando o caminho. A água refletia o céu, como se houvesse apenas ele e nada mais.

Levaram uma candeia, quando anoiteceu, seus rostos foram iluminados por ela.

Alexa contou a ele. Sobre suas reflexões confusas e medos, sobre não querer participar daquele ciclo dormente, o qual a vida se esgotava vazia e insignificante. Contara sobre as memórias que sempre retornavam porque eram ali que estavam seus motivos.

Ao final, restou o silêncio.

Ela sentia-se leve e soube que algumas coisas encaixaram-se dentro dela.

Havia libertado tudo.