Alexa

Versos que cantam a alma


O interior do Mustang 85 era uma anarquia poética. Havia um violão no banco de trás, histórias em quadrinhos, partituras e papéis em todos os cantos.

Já estavam na estrada, Alexa tinha uma das mãos para fora, sentido o vento bater contra a pele.

O rádio passava propagandas com vozes finas e irritantes.

— Coloque sua música.

Ele vira o walkman despontado de sua mochila.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Minha música?

— A melhor forma de conhecer alguém, é ouvido sua playlist. Além disso, quero saber se é digna de estar nesse carro.

Um desafio.

Alexa não negava nenhum.

E, todos aqueles que cantavam sua alma, cantaram para Jesse também.

O garoto sorria entre Jim Kerr, Robert Smith e The Clash. Stones e Joplin apareceram com seus agudos incríveis.

Eles cantaram juntos, fazendo os punhos de microfone e o volante de bateria. E ela não precisou perguntar se havia ganhado.

Então Smiths apareceram e o semblante de Alexa tomou um tom arrefecido, desconcertado.

Porque músicas contavam verdade entre seus versos e Jesse era um bom ouvinte.

Mas ela deixou tocar.

Ao final dos acordes, olhou-a como se reconhecesse algo.

— Por que não me conta do motivo de estar fugindo e eu te mostro algumas coisas legais?