Alexa
Sorte nas desventuras
— Por quer saber?
— Porque eu gosto de histórias interessantes e você parece tê-las.
Estavam sentados no chão da loja, com o sol nascendo atrás do garoto que tinha sua atenção para ela e um cigarro entre os dedos.
Era inegável que ele era como ela, alguém procurando por um pouco de bagunça, adrenalina. E histórias que faziam brilhar os olhos. Tinha a mesma áurea florescente e sangue enérgico correndo por suas veias.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!E ela contou, uma parte ao menos, sobre ter abandonado a cidade, sobre as caronas e jovens hippies.
— Então, você é uma fugitiva e está indo para a Costa Oeste?
Ninguém dissera aquilo alto, nem mesmo ela.
Jesse se levantou e Alexa pensou que ele iria embora, suficiente de suas histórias malucas.
— Vamos.
— Oi?
— Eu sou sua próxima carona.
Alexa não negava a sorte quando aparecia.
Viu o carro, brilhando sobre o amanhecer.
Um Mustang 85, conversível.
Sorte demais em seu mundo de desventuras aventuradas e caóticas era raro.
— Meu pai é neurocirurgião. Queria que eu seguisse carreira, mas ele não conseguiria enfiar essa ideia na minha cabeça nem por trepanação – riu – Eu tenho uma banda e, para sua sorte, estrela cadente, estamos tocando pela Costa Oeste.
Fale com o autor