Alexa

Velha estrada de tijolos amarelos


Eles passavam o dia na parte de trás da Kombi, onde Hayden tirara um dos bancos.

Dividiam a direção de duas em duas horas, menos Tessa, a new wave, ela era perigosamente ruim no volante.

Garrafas de vodka e cerveja vazias rolavam de um lado para o outro, havia filtros de sonhos presos ao teto, a fumaça de cigarros envolvia-os em sonhos enevoados.

Alexa imaginou se aqueles filtros poderiam prender certas memórias e pensamentos que queria deixar para Morrissey lidar.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Mas o nevoeiro puxativo trouxe-os como um tornado em câmera lenta.

Era como se estivesse caminhando pela trilha de velhos tijolos amarelos, como Dorothy, prosseguia pelo caminho dourado esperando encontrar algo. Alguma coisa melhor. Queria vestir as sapatilhas vermelhas e tornar-se mágica, deixar as mentiras e os corações que quebrara para trás.

Principalmente, queria um caminho que traçaria por si mesma.

Se a trilha acabasse, colocaria mais tijolos.

Não queria aquela vida pré-fabricada que sabia que teria se continuasse na cidade dormente, rodeada por crises comuns, um ciclo infinito o qual ela tinha que quebrar ou ele a quebraria.

Ela queria ser Houdini, desaparecendo e ressurgindo em lugares improváveis e excitantes.

Deitada na Kombi, sabia que estava no caminho certo.