Alexa

Perder-se para se encontrar


Abandonar o Opala, na verdade, foi mais doloroso que Alexa imaginara, talvez porque havia ralado muito, sendo enchendo sacos de pipoca ou flertando, para consegui-lo. Mas ela não tinha dinheiro para consertá-lo e, de qualquer forma, aquela tralha não iria aguentar a viagem inteira, não era um carro para fugas.

Conseguiu uma carona com uma família até a cidade mais próxima. Eles falavam e sorriam muito, até pareceram preocupados, a mulher havia lhe oferecido salgadinhos.

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Fazia muito tempo que alguém não lhe dava tamanha atenção, a imagem de Valerie relampagueou por sua mente, mas Alexa a afastou, aceitando a comida.

Infelizmente, eles faziam perguntas demais e ela pouco podia responder, Alexa sentiu-se mal por eles. No fim, deixaram-na no ponto mais próximo.

Então ela estava em uma rua desconhecida em uma cidade desconhecida.

Não se arrependia de fugir, era exatamente o que queria, porém, sem o Opala, sentia-se um tanto vulnerável e perdida.

Bem, talvez devesse perder-se para se encontrar.

Voltou a caminhar sob o céu plúmbeo, as estrelas não brilhavam tanto, tristes pelo desafortuno da fugitiva.

Chegou a uma pequena estação de trem, o mapa da rota indicava que iria para Willshire.

Ou seja, em direção a Costa Oeste.