Querido diário,

Camila e eu acordamos cedo hoje de manhã, com várias meninas — minhas primas — ao nosso redor. Rimos baixinhos para não acordá-las e resolvemos dar uma pequena escapulida, afinal, queríamos nos beijar e decorar a pilastra de alabastro com vasos de flores, e claro, queremos plantar algumas também, mas talvez deixemos isso para depois do almoço.

Sabe o que mais? A cada dia que passa me sinto melhor ao lado dela, como se algo aqui dentro sorrisse sempre que ela sorri. Mamãe disse que a primeira paixão é assim mesmo, a gente fica meio boba e às vezes falando nada com nada.

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“Mila.”

“Fala.”

“Passou um tempo já, agora nós estamos namorando?”

Bem, sou um pouquinho ansiosa demais, confesso. Mas estar ao seu lado e não poder chamá-la de “namorada” me deixa... Esquisita. Simplesmente não sei explicar. Seria culpa dos hormônios? De mais a mais, ela sorriu e fomos nos sentar perto dos animais, dei graças que o forte cheiro de lá não a incomodava.

Com as mãos enlaçadas — creio que é a nossa marca — aproveitamos a bisa do verão batendo à porta, de forma agradável, e deitei minha cabeça em seu ombro.

“Elisa, eu acho que sim.”