Vida;

Loucura


ERA DIFÍCIL "SOPESAR" AS dores da doença. Não cabia a mim me automedicar e ficar sobre os efeitos da drogas.

Era esquisito quando contava, mas era engraçado sentir a doença. A dor era horrível, sentia uma furadeira perfurando meu crânio e alfinetes furando meu cérebro, mas mesmo sobre essas circunstâncias me divertia quando via meu rosto contorcido no espelho.

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— Nunca achei que conseguiria fazer caretas tão feias. - contava entre gargalhadas para as pessoas que me olhavam preocupadas e assustadas.

— Você deveria procurar um psicólogo. - algumas pessoas arriscavam. - Isso parece um caso de esquizofrenia, sei lá... Você está rindo de uma coisa séria.

Revirava os olhos sem disfarçar e gargalhava mais ainda quando alguém contestava a ideia de que eu estava louca. O que tem haver esquizofrenia com câncer? Tudo bem que o câncer ficava no cérebro, mas os médicos só diziam que eu iria morrer se não fizesse a cirurgia, mas falavam também que eu poderia morrer fazendo a cirurgia, então eu simplesmente decidi deixar a coisa toda fluir, sem precisar colocar uma possível data no aniversário da minha futura morte.

Sempre considerei ser chamada de louca como uma ofensa. Mas, talvez eu seja só um pouquinho.