INFELIZMENTE NÃO TINHA COMO lutar contra isso. Fiz o que pude. O câncer estava crescendo demasiadamente rápido, os remédios só me deixavam tonta.

— Ainda tem a cirurgia, não acabou pra você. - Caio dizia entre afagos que me dava enquanto chorava em seu ombro.

Eu tinha medo, não vou mentir. Era assustador essa realidade, me assustava mais ainda o fato de que eu poderia morrer a qualquer momento.

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— Eu não quero a cirurgia, não quero morrer enquanto tem uma bola de beisebol sendo arrancada da minha cabeça. - sequei as lagrimas com a palma da mão. - Acabou para mim.

Eu disse aquilo com pesar no meu coração, ainda era difícil acreditar que eu nunca mais veria nada disso aqui. Não iria mais ver o rosto dos meus amigos, nem sentir cheiros nem comer doces. Eu não sabia para onde iria e isso me assusta profundamente.

O medo de encontrar algo que não iria me agradar ou que poderia me machucar fazia-me ter pensamentos e sonhos estranhos. Sonhei com algumas coisas monstruosas e coisas ligeiramente engraçadas. Bom, se o paraíso fosse como todos descrevem eu poderia estra salva ou totalmente condenada.

Mas porque eu estou preocupada com isso? São apenas rebotalhos.