About my hope

3 meses.

92 dias.

2.208 horas.

132.480 minutos.

São inúmeras as formas para contar o tempo sem você.

São inúmeras às vezes que sua falta me bateu como um soco no estômago.

− Não vá!

Suas últimas palavras não saem de mim.

Poderia ser pior, não é?

Estou segurando sua mão, você pode sentir? Eu nem sei se pode mesmo me ouvir.

Ultimamente sou apenas uma coleção de rebotalhos. Aqui sentada nessa eterna espera.

Eu espero que abra os olhos, seus olhos-universo.

Eu ainda espero ouvir sua voz, nem que seja para me mandar embora.

Ainda espero você voltar, nem que seja para partir para longe de mim.

Apenas espero você acordar. Você vai?

A realidade me manda esquecer-te. Os médicos disseram que era o momento de ter esperança.

Você parece um anjo enquanto repousa serena em seu sono profundo.

E tudo é como um filme, cada cena, fala e personagem.

− Eu ainda estou aqui... Esperando, apenas me diga o que fazer... – Sussurro, minha mão sobre a sua, então é isso o que chamam de esperança? Essa eterna espera?

− Eu não preciso dessa vida, por favor, acorde. – Eu quero chorar, mas já não sou mais capaz.