Diário de Guerra

Capítulo 30 - A jornada, enfim, termina


30 de Agosto, Moscou, 1943.

Já fazia um mês desde o nascimento de minha pequena e adorada Katherine. Nádia e eu não escondíamos a nossa felicidade todas as vezes que encarávamos aqueles olhos castanhos. Sua esperteza me deixava cada dia mais assustado. Ela ainda era muito pequena, mas sem sombra de dúvidas seria astuta.

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Naquela tarde, juntamente com meus amigos e familiares, seguimos rumo a igreja mais próxima. Eu tinha completa noção de que eu poderia voltar para a guerra a qualquer instante, mas dessa vez, se eu voltasse, queria deixar as coisas em seu devido lugar, e isso aplicava-se principalmente ao fato de que, hoje, eu faria Nádia minha esposa oficialmente.

Ela estava deslumbrante no simples vestido de cetim cedido por sua mãe, seus olhos em formato rotundo exalavam um brilho intenso. Nos casamos as quatro de uma tarde fria, foi o momento mais importante de minha vida. No momento em que dissemos sim, eu soube que não haveria guerra alguma que nos separaria novamente.

E como se fosse para reafirmar minhas promessas mentais, no meio do pequeno jantar em nossa casa em comemoração, um mensageiro russo entregou-me uma carta.

Minha vigília, enfim, havia terminado, eu havia sido dispensado.