Diário de Guerra

Capítulo 29 - A luz que faltava


29 de Julho, Moscou, 1943.

Eu definitivamente não tinha direito de pleitear muita coisa na altura em que minha vida se encontrava. Mas quando recebi uma carta de minha mãe, na semana passada sobre o fato de que, talvez, Nádia estivesse próxima a dar a luz ao nosso filho, eu joguei tudo para o alto e confrontei meu superior.

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Não foi algo fácil, uma licença no meio da guerra não era algo cabível, mas era o meu filho, minha noiva, e além do mais, estávamos controlando bem a situação, um soldado a menos não faria diferença.

Me vali de bons argumentos alegando meu bom comportamento e meus óbitos em larga escala, devo ter sangue de mais de duzentos nazistas em menos de seis meses e aquilo para o exército russo era motivo de glória.

Parti para Moscou e sem pensar duas vezes segui para a casa de Nádia. Eu podia ouvir os berros de minha noiva em seu quarto e eu corri ao seu encontro. Ela ficou surpresa a princípio, mas depois sorriu, o sorriso mais lindo que eu já havia visto no mundo.

Segurei suas mãos nas minhas e ela apertou com força.

Nossa pequena Katherine Koslov havia nascido vigorosa.