Diário de Guerra

Capítulo 27 - Confronte seus medos


27 de Março, Berlim, 1943.

Confrontar os medos.

Essa era a premissa que todos nós, soldados, devíamos seguir com afinco. Temos demônios dentro de nós, demônios que tentamos reprimir todos os dias quando descansamos de nossos plantões a noite. Contudo, sabemos muito bem que mesmo quando isso terminar, as lembranças do horror continuariam perseguindo nossas vidas até depois do fim da mesma.

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Naquela noite ainda estávamos nos acostumando novamente ao vento arrefecido da primavera alemã e, por alguns minutos, me vi relendo a última carta de Nádia. Nosso bebê já se encontrava no sexto mês no ventre de sua mãe e ela já podia sentir alguns pequenos movimentos.

Meu coração se enchia de energia e de saudade a cada notícia que recebia sobre eles. Aproveitei meu momento só e lhe dei escrevi, sempre tomando cuidado para não ser pego pelo meu supervisor.

Há algumas semanas atrás, descobri que Nádia estava convencida de que eu havia morrido, pois, as cartas que lhe enviei foram extraviadas. Não precisava de nenhuma bola de cristal para unir os pontos e descobrir que quem estava por trás disso era o meu superior.

Desde então eu escrevia escondido, sempre temendo o dia em que fosse descoberto.