Diário de Guerra

Capítulo 20 - Quando tudo for pedra, atire a primeira flor


20 de Outubro, Rússia, 1942.

Por Nádia

Um cheiro imensamente puxativo, agradável, inundou minhas narinas. Na certa, Niko devia estar cozinhando alguma coisa gostosa na cozinha.

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Pensar em Niko tão perto de mim era algo que acalentava meu coração. Desde o segundo que o vi partir para a guerra, eu sinto como se uma grande parte de mim tenha ido embora com ele naquele instante. E quando eu soube da gravidez eu temi. Temi pela vida de meu filho, pela minha e principalmente pela de Niko.

Sabia o quanto ele valorizava fazer o certo, e me apavorei com o fato de que talvez, ele não tivesse a chance de conhecer o próprio filho. Por isso, lhe mandei cartas, tentei estabelecer o máximo de contato que eu podia, e quando ele parou de me responder logo pensei no pior.

Mas ai ele apareceu e tudo finalmente aparentava que entraria nos eixos. Contudo, na noite anterior, me atrevi a olhar sua farda e meu coração caiu por terra no instante em que vi uma carta com o selo russo.

Eles o queriam de volta, queriam tirar meu Niko de mim.

Nikolai voltaria para a guerra na manhã seguinte e nada mudaria esse destino.