Acabar logo com a dor... Sim, era isso. Era o que eu mais queria. Mas não necessariamente da maneira que Moriarty estava falando. Eu queria, apenas, que Sherlock me dissesse o que fazer. Ou que houvesse deixado pistas e instruções. Ou, na verdade, que eu compreendesse os sinais. É bem óbvio que Sherlock Holmes não sumiria assim sem um plano. Ele nunca foi desse tipo. Portanto, eu iria pleitear meu direito às pistas que Sherlock certamente haveria de ter bolado para mim.

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E foi nisso que pensei quando tornei a apontar o revólver para Jim Moriarty.

Notei que o sangue aumentava em seu corpo, que escorria, e que suas mãos seguravam inutilmente seu pescoço, alternando entre gemidos e tosses. Notei também que desde que tentara, Moriarty não havia conseguido se levantar. E que, talvez, apenas talvez, nosso inimigo mortal estivesse falando de si mesmo. De sua própria dor. Se foi isso mesmo, eu nunca soube, e nem tive vontade de perguntar. O fato é que Moriarty continuou:

— Você é ainda mais frouxo do que pensei que fosse, John Watson.

Então, reunindo um pouco de coragem, abaixei para encará-lo. Procurando qualquer sinal, qualquer pista, qualquer coisa.

E, por sorte, consegui encontrar.