A piece of cake
Código Watson (não Morse)
Ouvir aquilo fez minha espinha arrepiar. Eu estava bem perto e Jim Moriarty havia me visto. Tinha certeza. Ele não teria sugerido o meu enterro se não tivesse me visto antes de Sherlock.
É estranho acreditar que meu amigo detetive não houvesse sido o primeiro a notar, mas talvez ele estivesse se fazendo de desatento estrategicamente. E embora eu fosse acostumado a rebotalhos de atenção, a questão era simples: eu não podia fugir. Precisa continuar os passos, vagarosos, e concluir o que havia começado.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Talvez eu vá — Sherlock respondeu, casualmente, passando os dedos pela borda da proa — Se eu não estiver velho o bastante para cair pelas escadas do 221 B.
E então, ele voltou a rir. Daquele ângulo, pude entender seu recado. Seus olhos foram até meu esconderijo. O tiro seria a 221 graus leste. Não sou autorizado a explicar o significado da letra “B”, mas isso não é tão importante. O que veio em seguida, sim:
— Você realmente acha que vencerá a morte, não é, Sherlock..? — Moriarty parou de frente para ele — Você e seu amigo Doutor Watson...
— Tire a armadura.
— Desculpe?
— Já que você também se diz tão superior à morte, a armadura não faz sentido. Tire-a!
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