A piece of cake

Para a prancha, marujo


Sherlock não precisou falar muito mais para que eu entendesse do que se tratava. Estávamos indo a Sherrinford para ver Eurus Holmes, obviamente. Minha mente deu um looping quase infinito tentando entender o que uma visita à psicopata da família estaria relacionada ao bolo recheado pelos versos horrorosos de Moriarty.

Seria então ela a remetente do recado? Ou apenas uma esquisita coincidência? E se ela o fosse, qual seria, exatamente, o aviso? O que Eurus estaria tramando? As possibilidades eram inúmeras, mas meu amigo detetive parecia calmo e confiante de todas essas respostas. No entanto, eu já o conhecia o suficiente para entender que ele não teria paciência de me explicar algo para ele tão óbvio. Portanto, limitei-me a dar o último trago e ficar conversando comigo mesmo em meu próprio Palácio Mental.

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Quando nos aproximamos de Sherrinford, notei que outro barco estava prestes a sarpar. Sherlock notou também, porque seu impulso foi se jogar no mar e nadar com aquele emaranhado de braços e pernas de girafas. O pensamento me fez rir, mas eu intimamente sabia que algo estava acontecendo. Algo errado. Por isso, joguei a âncora para baixo, esperei o momento certo e também pulei para o mar.