Nós

Candeia


Afetado..

Apático...

Arrefecido, meu corpo não me obedecia.

Quis correr, escapar, fugir, mas continuava a olhar para a pobre mulher no chão, cujo cabelo sujo de sangue cobria seu rosto como uma mortalha.

— Ela nos mandou fazer isso — o menor repetiu, enquanto o mais velho levanta e dava um passo em minha direção.

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— Pare! Não se aproxime! — gritei, erguendo a arma e recuando.

— Não vai nos machucar — o menino pronunciou, aproximando-se do irmão. — Ela disse que você não podem nos machucar.

— O quê? De quem vocês estão falando? — questionei, sentindo minhas mãos trêmulas e uma certeza nauseante de que não poderia apertar o gatilho.

— Ele está falando de mim, querida — alguém soprou as minhas costas.

Virei e vi uma mulher rodeada de sombras, cabelos negros e compridos, olhos maldosos. No mesmo instante, ela me acertou na barriga com algo cortante; como se enfiasse um ferro em brasa em minhas entranhas.

Recuei e atirei nela, o medo me fazendo correr, enfim; esbarrando e derrubando tudo pelo caminho, embrenhando-me na escuridão. Foi quando vi uma luz, como uma candeia a iluminar meu destino: uma porta.

Corri para ela e entrei por uma porta, sem questionar o que o lugar me reservava, sentindo que alguém me acolhia.