Aquilo que o Mar uniu

Memorial Branco


O dia começou muito cedo para Tharin e Eulëyn. Mãe e filho saíram de casa antes do sol nascer, em direção da aldeia Abalen. Enquanto andavam, o jovem lançava para cima um besante e o pegava de volta. Em uma das jogadas, Eulëyn pegou a moeda e a guardou em seu bolso. Tharin fez bico, mas ela o repreendeu com apenas um olhar.

Andaram por várias horas em completo silêncio. Ele não sabia onde ela o estava levando, mas sempre seguia a mãe sem pestanejar. Quando o sol começou a surgir no céu, clareando todo o reino, os dois chegaram a um píer afastado e deserto. Eulëyn se sentou primeiro, seguida pelo filho, e ela logo apoiou a cabeça em seu ombro. Ele a abraçou de lado, sem compreender o que a mãe pensava.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Passaram o dia lá. Vez ou outra, ele tentava puxar assunto. Mas ela estava irredutível. Lhe devolveu o besante após algum tempo, e ele nada conseguiu a não ser uma canção que ela cantava quando ele era criança.

Quando o sol se punha, porém, ela olhou para ele e, com os olhos brilhando, disse:

— As estrelas estão surgindo no céu. O Memorial Branco foi finalmente construído.