Quando a tempestade passou e o dia clareou, Paula levou Mikaila para sua casa. As duas estavam sozinhas e Paula a levou para o quarto. Mikaila permanecia em silêncio. Conhecendo a irmã como conhecia ela sabia que aconteceria algo importante ali.

— Eu já mostrei isso para as meninas, mas quando você foi transformada nós decidimos que deixaríamos nossas histórias humanas para trás. Mas eu quero te mostrar, porque é importante.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

A ruiva assentiu, calada. Tentando não excruciar a amiga, ela se virou de costas e retirou a blusa. Mikaila levou as mãos à boca ao ver várias cicatrizes quase brancas na pele alva da irmã, umas mais grossas, umas mais finas.

— Meu pai bebia. Muito. Antes de minha mãe morrer, ele ainda se controlava mas depois que ela morreu, ele passou dos limites várias vezes. — Paula respondeu à pergunta muda, voltando a colocar a blusa e se virando para a irmã.

— Ele te batia por que? — A ruiva perguntou, confusa. Paula deu de ombros.

— Coisas que eu fiz. Coisas que eu sei. Coisas que meu irmão sabia ou fez... — Paula de repente tinha lágrimas nos olhos. Falar do irmão sempre era muito difícil.

Mikaila a abraçou sem dizer nada.