Maíra chega toda apressada, mas, apesar do ar afobado, sorri quando vê Kelly e Lavínia encolhidas debaixo das cobertas no sofá.

— Você demorou – Lavínia diz.

— Já estava achando que você tinha sido sequestrada.

— Eu achei que a gente ia ter que cancelar a Noite das Garotas – Lavínia provoca.

— Ah, é? Não é culpa minha ter que fazer tudo sozinha.

Lavínia dá de ombros.

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— Você não estava fazendo uma trepanação, estava no supermercado.

— Bem, é... Mas...

— E foi você quem se ofereceu para ir, não foi?

— Vocês não saberiam o que comprar se tivessem ido no meu lugar.

— Como se fosse difícil comprar pipoca e refrigerante.

— Você se surpreenderia.

De brincadeira, Kelly revira os olhos.

— Ah, Maíra, obrigada! Eu não sei o que seria de nós, pobres mortais, se não fosse por você!

Maíra se joga no sofá entre as outras duas.

— Vocês são pessoas ingratas, sabiam?

— E você é insuportável, sabia? – Kelly provoca.

Lavínia ri. Maíra, mesmo tentando passar a impressão de ofendida, ri também.

E, no fim, esse é um bom resumo das próximas horas. Elas, encolhidas, extremamente próximas uma das outras, não fazendo nada além de comer pipoca, tomar refrigerante e rir.

É a Noite das Garotas, afinal.