O Boleto

Capítulo 5


Maldição. Feitiço. Um espírito perturbador.

Todas essas hipóteses passaram pela cabeça do Jovem Adulto.

“Como diabos um pedaço de papel com código de barras pode falar?! E um português tão rebuscado?!”, pensou ele, ouvindo o Boleto declamar cada sextilha da coleção de cordéis que o rapaz comprou por um preço “imperdível” e uma dose de impulso.

— Nunca mais vou comprar nada sem ser no débito! Nunca! — disse ele, resoluto.

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Mas sua resolução durou tanto quanto o vencimento do Boleto, que já estava chegando. Na primeira propaganda de frigideiras antiaderentes, ele já estava invocando seus males à carteira.