Porcelain Heart

Capítulo 30 - Desfecho Rotundo


Eu não amo Tristan.

Descobrir isso foi... Surpreendentemente difícil, mas ao mesmo tempo, previsível.

Eu quero amá-lo. Quero sentir mais do que desejo por seu corpo, quero alegria ao me lembrar dele, tristeza ao brigar com ele, raiva quando ele faz bobagens. Quero sentir o que é felicidade. Quero sentir qualquer coisa.

Eu não amo Tristan, mas quero amar. E quis com tanta força que me fiz acreditar que amava. Que meu coração tinha conseguido deixar alguém entrar ainda inquebrável. Nesse momento, tudo o que eu mais quero é sentir aquelas rachaduras vis que tanto repudiei.

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Ele terminou comigo. Um término sem grandes explicações, mas rotundo, sem qualquer brecha para voltar. Um término exatamente como os que eu costumava dar quando comecei minha ‘carreira’ como Miss Murder. Quase como se ele já tivesse ouvido algum.

Mas eu não chorei. Não gritei, não briguei. Não fiz nada além de assisti-lo ir embora. E eu nunca quis com tanta força ouvir o familiar som de um coração se partindo, o mesmo som do vaso de porcelana de minha mãe.

Porque, onde deveria haver um belo intocado coração de porcelana, tudo o que consigo sentir é um gigantesco vazio. Não há nada ali.