Porcelain Heart

Capítulo 11 - Anátema para um Surdo


Vários meses se passaram, e quase tantos quanto eles, foram os corações que quebrei nesse período. Eu crescia cada vez mais bela, mais desejada, e ainda, para minha satisfação, incorruptível.

A cada pessoa que eu destruía, mais aquela sensação tomava conta de mim, e se tornava mais que um passatempo. Era um estilo de vida. Uma obsessão. Um anátema ao qual jamais dei ouvidos.

Não lembro bem quando tive a minha primeira vez, ou com quem. Houve muito álcool. Não senti nada. A pessoa comigo certamente sentiu. Principalmente depois, quando a quebrei e fiz dela mais um rosto entre muitos.

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