A Sereia De Vidro

União perfeita


No dia seguinte faço uma pausa às margens do rio, para Lyrin recuperar as forças. Sentando, a vejo brincar na água e por diversas vezes me chamar, mas prefiro continuar mergulhado em pensamentos enquanto envolvo o tabaco numa mortalha fina.

Minutos mais tarde, vem na minha direção completamente nua, segurando dois peixes pequenos em uma das mãos.

— Trouxe o jantar. Diz se sentando ao meu lado.

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— Vai cozinhar isso não vai? E vista a camisa, ainda estamos em terra firme.

— Estamos perto, com medo?

— Apavorado.

— Ficaremos bem, é nosso lugar e seu destino.

— Disse que sou o primeiro que você conheceu, e já que muito mais velha do que aparenta, porque nunca viu outro?

— Vocês são devorados ou abandonados pra morrer, nenhuma sereia quer um tritão por perto.

— Devorados? Porque?

— Eu não fiz aquilo sozinha Edgar, uma sirena não tem aquele poder, mas você colocou a sua semente em mim aquela noite e o primeiro filho do mar e terra em séculos, cresce em meu ventre.

— Você...

— As sereias são deusas do do mar, os homens senhores da terra, nossa geração é fraca, presa entre o humano e o divino. Ele sera a união perfeita, poderoso, inteligente e imortal.