A Sereia De Vidro
Desespero
Tento despertá - la com alguns tapinhas leves no rosto, quando recobra os sentidos, a carrego até o carro a colocando no banco traseiro. De volta ao quarto, confiro o batimento cardíaco de Arthur e seus capangas, meu peito dispara ao constatar que todos estão mortos, pego minha mala sem preocupar - me com rebotalhos e saio depressa.
Ao retornar ao automóvel, vejo os olhos negros pelo retrovisor fitando - me enquanto seu rosto continua a se manchar de sangue fresco.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Se podia fazer aquilo, porque ficou tanto tempo cativa?
— Eu não podia, não deveria, mas iam te matar. Eu preciso de água. - Fala quase como um sussurro e a vejo perder a consciência outra vez.
Fico estático durante alguns segundos, até acelerar ao máximo até um hotel de beira de estrada, já fora da cidade. Encho a banheira e a coloco a garota pálida dentro da água.
Nada acontece.
Durante minutos fico me perguntando se não deveria levar a um hospital, mas o que eu diria? Que é uma sereia e começou a sangrar depois de matar três homens com sua mente?
Seguro sua mão e peia primeira vez em muito tempo, faço uma oração, sinto uma lágrima salgada alcançar meus lábios e minha mente clareia.
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