A Sereia De Vidro

Desespero


Tento despertá - la com alguns tapinhas leves no rosto, quando recobra os sentidos, a carrego até o carro a colocando no banco traseiro. De volta ao quarto, confiro o batimento cardíaco de Arthur e seus capangas, meu peito dispara ao constatar que todos estão mortos, pego minha mala sem preocupar - me com rebotalhos e saio depressa.

Ao retornar ao automóvel, vejo os olhos negros pelo retrovisor fitando - me enquanto seu rosto continua a se manchar de sangue fresco.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Se podia fazer aquilo, porque ficou tanto tempo cativa?

— Eu não podia, não deveria, mas iam te matar. Eu preciso de água. - Fala quase como um sussurro e a vejo perder a consciência outra vez.

Fico estático durante alguns segundos, até acelerar ao máximo até um hotel de beira de estrada, já fora da cidade. Encho a banheira e a coloco a garota pálida dentro da água.

Nada acontece.

Durante minutos fico me perguntando se não deveria levar a um hospital, mas o que eu diria? Que é uma sereia e começou a sangrar depois de matar três homens com sua mente?

Seguro sua mão e peia primeira vez em muito tempo, faço uma oração, sinto uma lágrima salgada alcançar meus lábios e minha mente clareia.