— Gaspard, vai pro seu quarto e depois eu subo para conversarmos. – Fiz como me foi mandado, nem ao menos olhei para trás.

Fiquei parado um pouco no corredor, sem acreditar no que estava acontecendo.

— Eu não quero nunca mais olhar pra cara desse moleque. – Escutei ele gritar.

Consegui ser tão desprezível ao ponto de nem meu pai mais me querer.

Não quero que eles me odeiem e não quero estragar a vida da minha mãe.

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Só queria sumir e rezar pra que isso seja só um pesadelo.

Olhando através da janela, constatei que não era tão alto, não seria difícil sair, principalmente se usasse a árvore logo em frente como apoio.

Não sei o que devo fazer direito, mas se isso for fazer com que eles se sintam melhores, então irei embora.

Começou a chover e estava muito frio, eu já não tinha mais para onde ir. A rua estava completamente vazia, eram 7:00 da manhã.

Acabei passando em frente a um cemitério. Lá era uma verdadeira mortalha e um ambiente triste.

As palavras ditas por meu pai vieram para me atormentar.

“– Preferia ter um filho morto do que gay.”

Era isso que eu deveria fazer?

Tão desprezível.