Aqueles mundos viviam um tempo de paz, aquelas Terras já haviam visto incontáveis batalhas tempestuosas, até mesmo batalhas entre divindades, mas havia grandes diferenças entre elas, a Terra 2 possuía seres antropomorfos e tecnologias avançadíssimas, enquanto a Terra 3 possuía aparatos mais semelhantes aos de nosso tempo, bem como a sua humanidade se assemelhava mais a nossa, pois na Terra 2 a população erguia ideais ultrapassados para os dias de hoje, se assemelhando mais ao período de apogeu dos grandes guerreiros.

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Apesar das semelhanças, ambos os universos eram desconexos e paralelos, junto aos demais universos. Naturalmente nada poderia os fazer interagir, naturalmente. Eis que num dia como outro qualquer, um ser que transitava por entre os universos resolveu interferir naqueles dois mundos. Ele tinha aparência masculina, com cabelos negros, pouco mais que 1,80, não era musculoso, mas também não era magrelo, tinha olhos azuis brilhantes que contrastavam com a pele branca e o jaleco branco que sempre vestia, seu nome? Paradoxo.

Paradoxo observava os mundos pelo lado de fora, como uma sala de interrogatório, com um vidro fosco por dentro e transparente por fora. Essa era uma rotina solitária, mas a única que se permitia fazer. Vislumbrar era o seu limite moral, ora, como poderia inferir na vida alheia sem autorização?

Paradoxo estudava o Globo Universal da Terra 2, quando ponderou:

— Talvez uma interferência cirúrgica que desencadeie algo grandioso não seja tão problemática... E também, sempre quis saber quem era o mais poderoso entre eles... Os maiores protetores de seus universos...

Acariciou seu queixo e proclamou:

— Que os jogos comecem!

Paradoxo tomou um relógio de bolso dourado em suas mãos, apertou o botão em sua parte superior e teleportou-se, adentrando assim, a Terra 2 e logo se postou em frente a uma casa numa pequena ilha no meio do oceano. A ilha era demasiado pequena, só cabia a casa que lá havia. Era uma casa arquitetonicamente perfeita, possuía o telhado vermelho, as paredes de madeira rosa, uma porta branca, janelas que mantinham a casa arejada e dizeres bem grandes na fachada: “Casa do Kame”. Paradoxo se manteve invisível e observou o interior da casa, onde um idoso careca com um casco de tartaruga nas costas assistia a um programa de ginástica na televisão acompanhado de uma grande tartaruga antropomorfa alaranjada.