Friday the 13th

Situação desesperadora! A solidão de Alice


Dois dias antes...

Scott dirigia o seu Mustang enquanto Melissa e Alice olhavam o mapa. Os três resolveram ir ao acampamento mais cedo do que seus outros 4 colegas.

— Pelo mapa tudo indica que Crystal Lake fica longe do centro da cidade — disse Melissa.

— Vamos direto pra lá ou pedimos informações? Esse mapa é do século passado — Alice.

— Vamos dar uma passadinha pela cidade, pedir informações... Se eu depender desse mapa, serei um homem perdido no meio de uma região caipira.

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O carro parou num posto de combustível. Eles desceram do veículo. Scott pediu para as garotas comprarem cervejas enquanto abastecia o carro. Elas entraram na loja de conveniência.

— O que querem, moças? — perguntou o balconista.

— A gente veio comprar uma dúzia de cerveja. Água mineral também — respondeu Melissa.

Alice ficou olhando umas prateleiras velhas que guardavam conservas. Assim que tirou o vidro, viu Crazy Ralph. O velho deu a volta e ficou falando sobre a maldição do lago, que eles iriam morrer. Alice se assustou, mas deu pouco caso para ele. Assim que elas saíram da loja, Ralph as seguiu.

— Ei, velho. Deixe-as em paz ou vou te dar um corretivo.

— Vamos, Scott. Esse homem é só um pobre coitado — disse Melissa.

— Estão avisados! Estão avisados!

Os três saíram do posto e seguiram rumo ao centro da cidade. Apesar dos três morarem no mesmo condado, não sabiam muito sobre Lakeville. Foi preciso parar em vários locais para pedir a informação necessária.

O Mustang parou em frente a uma lanchonete. De lá saiu a senhorita Kimble.

— Vocês devem ser os estudantes que serão monitores no acampamento? Eu sou a senhorita Kimble, a cozinheira contratada por Steven.

— Sim. Aquele é o carro dele? — Scott apontou para a picape preta parada do outro lado.

— É sim. Acabamos de sair de um lanche.

Steven saiu da lanchonete. O homem agradeceu a presença dos três e os guiou com o seu carro.

Os dois veículos chegaram ao acampamento Crystal Lake. O lugar ainda estava em reforma ou finalizando-a. Alguns trabalhadores faziam vários serviços.

— Quero mostrar como vai ser a temporada aqui no acampamento. Antes, porém, as instalações.

Steven mostrou a casa principal que servia como sede do acampamento. Ali havia cozinha, sala de estar com lareira, escritório e alguns quartos de dormir. Depois mostrou as cabanas dos monitores, três delas. Na sequência, a garagem, o celeiro e as cinco cabanas, em fase de finalização, para as crianças. Mostrou também a praia do lago com os barcos, os refletores, uma torre salva-vida, a passarela de madeira. Era uma área bem grande.

— Gastou muito dinheiro — disse Alice.

— Tive que desembolsar uns cinquenta mil dólares pra comprar esse terreno. O preço está abaixo do mercado por causa de lendas sobre o local. Eu nem me preocupo com isso. Fiz um bom negócio.

— Aquela casa do outro lado do lago também é sua? — perguntou Melissa.

— Claro que não. É propriedade da família Jarvis. Enfim, vamos voltar. Preciso explicar umas coisas.

...

Tempo atual - Arredores de Lakeville, 6:50 PM

Sarah Dawson olhou o seu relógio de pulso e viu que estava quase marcando 19 horas. O tempo passou voando e nada de carro passar ali.

Os faróis de uma viatura apareceu, iluminando a estrada. A mulher desceu do carro e acenou para o policial. A viatura parou. O xerife era o condutor do veículo.

— Senhora Dawson, o que faz aqui?

— O carro do Steven quebrou e ele teve que ir a pé para o acampamento. Ele me pediu para que o senhor, com o rádio, acionasse o reboque.

— Claro — ele ligou para o serviço de reboque. — Pronto. Eles já vão chegar. Quer uma carona?

— Sim, por favor.

Sarah entrou na viatura. O xerife deu meia volta e foi na direção do acampamento.

Acampamento Crystal Lake - 7:00 PM

— Já tá ficando tarde e nada da professora Dawson chegar. Estou preocupado também com esse povo. Sumiram?

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— Quer procurar por eles? Vou logo avisando que possivelmente estão pregando uma peça na gente.

Alice se levantou do sofá, pegou a capa de chuva, vestiu e saiu com Mark. Os dois pegaram lanternas e foram na direção da cabana em que Adrienne foi. A porta estava um pouco aberta. Não havia um barulho sequer.

— Ela deve tá dormindo — disse Alice.

Os dois entraram no quarto da moça e viram um machado encostado perto da cama. Mark pegou o objeto e viu sangue na parte de metal.

— Será que isso é uma pegadinha? — indagou ele.

— Vamos voltar e chamar a polícia.

Alice deu a sugestão. Ambos saíram da cabana e caminharam de volta para a casa principal. Enquanto andavam, chamavam os colegas. Ninguém respondeu. Entraram na casa e foram ao escritório de Steven utilizar o telefone.

— Liga 911.

— Não tem linha — disse Mark.

Mal sabiam que o assassino havia cortado o fio externo do telefone. Eles estavam completamente isolados e não havia meios de sair daquele acampamento.

— Seguinte, eu vi uma espingarda na garagem onde o Steven guarda o carro dele. Vou lá, pego a arma e depois vamos sair daqui.

— Mas não demora, por favor. Não estou gostando nada disso.

Mark deu um abraço em Alice e saiu da casa. A moça retirou a capa de chuva e se sentou numa cadeira da sala de jantar. Escorou a cabeça na mesa.

A chuva parou. Mark saiu ainda de capa e foi olhando para os lados. A sensação de que estava sendo seguido. Correu até a garagem e pegou uma espingarda que estava sobre uma mesa velha.

— Droga. Sem balas.

Lembrou que viu Steven guardar a caixa de balas em algum canto. Colocou a arma sobre a mesa e saiu do lugar. Vacilou ao deixar o machado na cabana. Foi até ela. Entrou, mas o machado desaparecera.

Alice Hardy cochilou por uns vinte minutos. Escutou uma forte pancada vindo da porta. Rapidamente pegou uma garrafa de vidro e caminhou vagarosamente até a porta da entrada. Olhou pela janela, ninguém do lado de fora. Abriu a porta e saiu. Viu Mark morto e caído no chão com uma machadada bem nas costas. A moça deu um grito bem agudo e correu para dentro da casa.