Um amor de vizinho

Capítulo 3


Quando mal perceberam, um ano havia se passado. Depois de inúmeros problemas, o restaurante de Miroku seria aberto ao público naquela semana, mas ele resolveu fazer um pré evento apenas para familiares e amigos. Ele e Sango estavam mais que bons amigos que saiam juntos as vezes e Kagome sabia que a amiga estava completamente apaixonada pelo moreno de olhos azuis.

— É o que dizem, amiga. Foi fisgada pelo estômago. - Brindou Kagome.

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— Por falar em estômago, ta melhor? - Perguntou Sango, preocupada com a amiga, enquanto bebericava uma taça de champanhe.

— Que nada. Nem vou conseguir comer nada hoje. Ta tudo embrulhado. Se eu vejo um camarãozinho então... - comentou Kagome, revirando os olhos.

— Eu te falei para não comer aquele sushi suspeito. Agora agüenta. Disfarça a cara de zumbi que a Rin está vindo aí com o Miroku. Vê se não fica assim, meio esverdeada.

— Nossa, que bela amiga eu tenho. - Reclamou Kagome, arrancando uma risada de Sango.

— Olá, doutoras! Como estão? - Perguntou Miroku, sorrindo.

— Esgotadas - responderam as duas, em uníssono, e olhando uma para a outra, suspirando. Depois riram.

— Está tudo bem com você, Ká? - Perguntou Rin, preocupada com a palidez da amiga.

— Oh, não se preocupe. Estou bem sim. - Disse a morena, balançando a mão para que Rin não ligasse para a situação. - Parabéns, Miroku! Ficou maravilhoso!

— Feh, isso foi graças a mim, Kagome! - disse Inuyasha, chegando no grupo com Izaoi, sua mãe.

— Meu também! Eu que decorei isso tudo! - reclamou Rin. - E olha que com essa barriga não foi nada fácil! - disse ela, acariciando o ventre de sete meses. Dessa vez estavam esperando uma menina e Ken e Saito estavam empolvorosos com a idéia de terem uma irmã.

Kagome, Sango e Izaoi riram do comentário. Logo, Sango se retirou com Miroku, com a desculpa de irem conhecer o resto do restaurante.

— Quando acha que irão assumir algo? - Perguntou Kagome.

— Estou pensando em fazer um bolão já. - Comentou Rin, rindo. Logo, Seshoumaru se juntou a eles até ser a hora de se servir o jantar preparado especialmente para o evento. Kagome conseguiu beliscar algumas coisas, mas no geral estava bem enjoada, não vendo a hora de ir para casa. Precisava melhorar, visto que no dia seguinte teria trabalho.

Discretamente a médica consumiu um comprimido para enjôo que estava guardando para emergências e torceu para que a noite acabasse logo.

No dia seguinte, Kagome acordou acabada. O remédio para enjôo a deixava totalmente sonolenta e fraca, mas como de praxe, se preparou para o trabalho. Na noite anterior preferiu dormir na sua casa do que na de Inuyasha e acabou dando de cara com um Miroku semi-nu na sua cozinha.

— Bom dia, Miroku. Quando vocês vão assumir esse relacionamento de vocês?

— Bom dia, Ka! Pensei que estivesse na casa do Inu. - Disse ele, sem constrangimento algum, como se fosse o dono da residência.

— Não estava me sentindo muito bem. - Disse ela, comendo uma porção de morangos.

— Será que foi a comida? - Perguntou ele, preocupado.

— Relaxa. Foi comida sim, mas não a sua. Foi um sushi suspeito que ela comeu essa semana. - Disse Sango, entrando na cozinha. - Bom dia, Ka! - disse, dando um beijo nela - Bom dia, Miroku.

Miroku a abraçou pela cintura e lhe deu um beijo cinematográfico.

— Agora sim, bom dia. - disse ele - Namorada.

— Finalmente! - exclamou Kagome, jogando as mãos para o alto, arrancando risos do casal. - Estou indo trabalhar. Por favor, não traumatizem meu gato. Beijo pra quem fica!

A jovem médica seguiu seu caminho para o trabalho e infelizmente, se sentindo relativamente pior.

— Meu Deus, você foi passada por um rolo compressor? - Perguntou Kouga ao vê-la.

— Sem piadinhas, chefe. Nunca mais na minha vida eu como sushi.

— Você está bem para trabalhar?

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— Sim, logo mais passa.

— Hmm, ok. Só não te dispenso pois estamos precisando de você aqui.

E Kagome logo se distraiu com o trabalho, melhorando aos poucos. Ao meio dia, Inuyasha insistiu para que almoçassem juntos e como as coisas estavam tranqüilas, ela aceitou.

— O que te aconteceu esses dias? - perguntou ele. Ambos estavam trabalhando demais, não passando o tempo que costumavam passar juntos.

— Sushi suspeito. - comentou ela, já meio cansada de dar esse tipo de resposta.

— Então restaurante japonês está fora de cogitação? - brincou ele, conseguindo arrancar algumas risadas dela. - Vamos nesse café então.

Entraram e fizeram os pedidos, conversando sobre os últimos dias.

— Aaah! Peguei Miroku e Sango no flagra hoje pela manhã. Pelo menos pra mim, eles assumiram esse namoro.

— Feh, perdi na aposta que fiz com Rin. - Kagome riu ainda mais da situação.

— Hoje não trabalho à noite. Terei uma cirurgia logo mais e assim que ela acabar, estarei de folga.

— Hmm, bom saber... Tenho umas reuniões no escritório agora, mas creio que logo terminam. Tem gente que quer terminar a reforma para o natal. Isso não tem lógica alguma!

— As pessoas são ansiosas. Eu também seria assim haha. Por falar nisso, quais são seus planos pro natal?

— Eu costumo passar com minha mãe e a família do meu irmão. E você?

— Mamãe queria que eu fosse para casa. - disse ela - Seria demais pedir para que fosse comigo?

— Claro que não! Quando podemos ir? - Respondeu ele, animado.

— Pedi folga a partir da semana que vem. Em compensação, terei que estar disponível no ano novo - comentou ela, amuada.

— Vai passar a virada sem brindar com champanhe! - Sacaneou ele. - Podemos fazer uma ceia de ano novo, com o resto da família. Rin vai adorar e Miroku me deve isso por me fazer perder a aposta. - Inuyasha olhou o relógio e confirmou que já estavam na hora. - Temos que ir agora, Ka.

— Vamos!

Se despediram na entrada do hospital, com direito a um belo beijo.

Algumas horas depois, Kagome passou numa cafeteria e comprou alguns bolinhos e cafés e seguiu para o escritório de Inuyasha, que confirmou estar numa reunião chata lá.

Mas a reunião era com ninguém mais, ninguém menos que Kikyo, sua ex demoníaca. Kagome suportou a informação bem e agradeceu aos céus que a nojenta já estava de saída com outro homem que a acompanhava.

— Obrigada pelas idéias, Inuyasha. Você é um ótimo profissional. - comentou o homem, apertando as mãos. - Vamos, Kikyo.

— Sim, querido! Até mais ver, Inuzinho!

"Inuzinho?! Essa vadia está passando dos limites!", pensou Kagome, irritada.

— Meu amor, que surpresa agradável! - comentou Inuyasha assim que viu a médica, indo de encontro dela e beijando-lhe os lábios.

— Sai mais cedo. Olá, Kikyo.

— Kagome... - disse ela, com despeito. - Vamos, querido! Paris nos espera! Tchauzinho! - e a modelo seguiu o caminho dela.

— Ela é insuportável. - comentou Inu.

— Não olhe para mim, foi você que quase casou com ela! - disse a médica. Até o cheiro da vadia a deixava enjoada.

Neste ínterim, Rin saiu da sala, seguindo o cheiro de café e bolo.

— Ka, você é maravilhosa. Já disse que eu te amo hoje? - comentou a designe. A médica revirou os olhos e se encostou na parede, sentindo a pressão abaixar. - Inu, corre! Ela vai desmaiar!

Poucos segundos depois, Kagome acorda no sofá da sala dele, sob os olhares preocupados de Rin e Inuyasha. O enjôo foi inevitável e por sorte, a lixeira estava perto o bastante.

— Você está melhor? - perguntou Inuyasha, segurando os cabelos dela.

— Sim, não se preocupe. Queda de pressão. Logo mais melhora.

— Quer ir para o hospital?

— Nada disso. Logo mais passa mesmo.

— Inu, vai buscar algo salgado para ela. Na minha sala tem uns biscoitinhos. - assim que o loiro saiu, Rin se virou para a médica - Sabe, eu não sou da área, mas acho que não é sushi estragado. Acho que é outra coisa. - disse ela, alisando a própria barriga.

— Oh, Deus... - Murmurou a médica, preocupada.

Aquela dúvida ficou na mente da jovem médica durante todo o resto do dia, mas não deixou transparecer. Por mais incrível que pareça, ela melhorou após o acidente na lixeira, conseguindo jantar com o namorado.

Depois do jantar, seguiram para a casa dele, onde tomaram um banho juntos, cheio de troca de carinhos e depois tentaram ver um filme, mas acabaram tendo planos melhores, mas sendo constantemente vigiada pelos olhares preocupados do homem.

— Não se esqueça de trazer roupas para neve, minha querida. Aqui está tendo nevasca quase todos os dias. Vocês virão de carro? - perguntou a mãe de Kagome, preocupada com a vinda da filha, dias depois, ao telefone.

— Iremos de trem até a ultima estação. De lá, acho que alugaremos um carro. Pelo menos era isso que eu estava pensando. - Respondeu ela.

— Fique esperta com as linhas, meu amor. Na ultima nevasca, uma ficou bloqueada.

— Ok, mãe. Então, até quarta. Te ligo quando estivermos chegando!

— Tudo ótimo! Seu avô está louco para conhecer esse seu namorado. Você sabe como ele é tradicionalista em algumas coisas. Está revoltado por ele não ter pedido sua mão a ele ainda - disse a mãe, rindo. - Mas fique tranqüila, não deixarei ele assustar meu genro.

Kagome estava envergonhada com a situação. Logo se despediu da mãe e fora fazer a ultima ronda no hospital, desejando feliz natal a todos e se dirigindo para casa, encontrando com Inuyasha na garagem.

— Hey baby. - disse ele, saindo da moto. - cronometramos nossa chegada?

Kagome riu e chamou ele para jantar na sua casa. Sango havia ido para a casa de Miroku e estavam sozinhos.

Durante o preparo do alimento conversaram sobre amenidades e os detalhes da viagem que fariam daqui a dois dias.

— Nem Rin nem sua mãe ficaram chateadas por você não passar o natal com elas? - Perguntou ela, enquanto mexia a panela do molho.

— Ah, não! Acho que ficaram felizes de me verem pelas costas. Segundo Rin, é bom para eu parar de dar prejuízo na ceia - Comentou ele, abraçando-a por trás, repousando a cabeça no ombro dela.

— Segundo minha mãe, meu avô está um pouco furioso por você não pedir autorização dele para me namorar. Por favor, não leve muito a sério o que ele te falar - Completou ela, afagando a cabeça dele. - Inu, estou cozinhando. Pensei que estivesse com fome - Disse ela, ao sentir os beijos no pescoço e os carinhos no baixo ventre dela.

— E estou. Mas de outra coisa neste exato momento - disse ele, desligando o fogo das panelas e colocando-a na ilha da cozinha. Rapidamente a brincadeira ganha força e proporção.

Roupas espalhadas, suspiros, gemidos e orgasmos depois, Inuyasha comentou:

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— Estamos parecendo dois coelhos - brincou ele, ainda regulando sua respiração - Acho que você me enfeitiçou, bruxa.

— Ah, seu chato! Foi você que começou. Mas é bom, pois pelo que conheço vovô, ele vai nos colocar em quartos separados. - Disse ela, se levantando da bancada e fechando os botões da camisa que usava e recolhendo as roupas espalhadas pelo chão.

— Você está brincando comigo, né? - Perguntou Inuyasha, com um olhar incrédulo para ela, parando de fechar a calça.

— Sinto lhe informar que não Inuzinho - provocou ela, saindo da cozinha após dar-lhe um selinho nos lábios.

— Espero que mudem de idéia depois do presente... - disse ele, baixo.

— Disse algo?

— O que? Feh, ouvido de tuberculoso, bruxa! Vai tomar banho, eu termino o jantar.

— Ta me chamando de fedida? - Perguntou ela, erguendo uma das sobrancelhas para ele.

— Não queria dizer nada não, mas... - riu.

— Cretino! Acho bom não queimar nada, senão te coloco para fora!

— Eu pulo a janela. - disse ele, antes de beija-la. - Eu te amo, mulher. Você não vai se livrar tão fácil assim de mim.