nude

quero devorar você


era rubro e áureo, seus lábios, subjetivamente sorrindo pra mim (convidativos)

não havia incerteza, sequer fragilidade em você, apesar de tudo

puro eros habitava em ti, no pálido e curvilíneo receptáculo d’alma que chamam de corpo

eu, degenerado, melanino e sussurrador

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suar, em tua imagem, ilusória — distante de mim por metros? quilômetros? anos-luz?

ria, sorria, movia, em sintonia ao teu suspiro

alucinado em embriaguez, urgência e sem clemência

bela, belo, belos

te elogiava, te fumava, te cantava

para conquistar e te despedaçar e esquecer, em uma semana só

e dizer: é isto; nada mais

afinal, não era de mim que desejava tudo isso,

quem seus dedos procuravam tocar

naquela chamada, por quem você chamava estava em outro lugar, não ali

pedindo pra tu gozar

veja bem, eu não te amava

porém

em teus três sinais no seio esquerdo queria roçar

e pelo menos ouvir você chamando meu nome, na madrugada, com a voz no fone

desfigurada, grunhida

com mal contato

mal contata o meu celular

pois na hora de buscar abrigo e afastar a solidão que nos ronda na matina

você digitava — 140 caracteres

para certos olhos jabuticaba acharem

(você já sabia que achariam)

(já sabia o que ele responderia)

sabia que, nenhum dos teus caráter condizia

a mim

meus demônios estão aqui para alimentar os teus

e fim.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.