We Baratheons stick Together - Gendry

Cap 2- We Baratheons stick Together - Gendry

— Está tudo certo com a sua inscrição Senhor Baratheon. – a secretaria do diretor falou, eu nem a corrigi, para eu entrar nessa escola devem ter evidenciado o sobrenome do meu pai, jamais deixariam um zé ninguém chamado Waters estudar nesse lugar elitista e cheio de frescura.

— Aqui estão os seus documentos, o guia da escola, o seu horário de aulas e a chave do seu quarto.

— Obrigado – respondi.

— Bem vindo a Westeros High! – a secretaria que eu não lembrava o nome sorriu pra mim, ela sorria muito.

Acenei para ela e segui o caminho para o meu quarto, pensando pela milésima vez onde que eu tava com a cabeça quando aceitei entrar nessa escola

— Com licença – chamei uma garota loira bonita que aparentava estar sozinha – Você poderia me dizer onde fica o edifício C?

A garota sorriu ( qual o problema das pessoas dessa escola que vivem felizes? Estão drogadas?) – Você é novo não é, venha eu te mostro o caminho.

— Então... - falou a loira enquanto me conduzia por um campus cheio de alunos socializando, ela não se intimidou, andava como se fosse a mais pura realeza e ninguém a contradiria – Qual é o seu nome? É raro alguém entrar na escola só no último ano.

— Gendry Waters. E eu vou fazer o 7 º ano, não o último.

— Waters? – a garota estreitou os olhos e pareceu entender alguma coisa – Um dos bastardos de Robert.

— Da onde você tirou isso? – perguntei irritado - Todos daqui sem um sobrenome importante são bastardos dele?

— Nem todos, só os de cabelos pretos e olhos azuis. Temos de agradece-lo por sair por aí plantando suas lindas semente pelo mundo.

Não falei mais nada e nem precisei, pois logo chegamos ao meu destino.

-Chegamos. Aqui é o prédio C, dormitório dos garotos, o B é o das garotas pode passar lá quando quiser- ela sorriu maliciosa – você acabou de sair do A, lá fica a administração, o C são as salas de aula do 1º ao 4 º ano, o D é o Ensino Médio onde você vai ter aulas, do 5 º ao 8 º ano, esses dois últimos tem também a biblioteca, sala de computadores, laboratório, aulas extracurriculares e todos os clubes e por último tem o prédio E, o esportivo.

Chegamos no meu dormitório e a loira, que eu percebi que ainda não sabia o nome continuou:

—Você vai dividir o dormitório com outros 5 garotos do seu ano, mas vai ter apenas 1 colega de quarto já designado. É melhor se dar bem com eles, precisa de aliados nessa ecola.

— Umm... Obrigado pelas informações.

— Você é novo aqui e eu estou me sentindo solidária então vou te avisar: as pessoas não te ajudam pelo bem do coração. Tudo tem um preço. E se você não for um bom jogador é melhor ficar esperto. Tem sempre gente querendo te usar de peça.

- Vou ficar – não sabia mais o que responder.

A loira sorriu debochada como se não acreditasse no que eu falei – Boa sorte Gendry Baratheon. E apoie a Rainha Myrcella como líder.

Ela se retirou e eu me dirigi ao meu quarto. Na porta estavam as inscrições Robb Stark e Gendry Baratheon. Só podia ser brincadeira, meu colega de quarto é um Stark, eles tem uma companhia extremamente rica e são basicamente reis no Norte. Aposto que esse cara é um idiota metido a rico.

Depois de arrumar minhas coisas eu saí para dar uma volta pelo campus quando fui abordado por uma garota meio familiar de curtos cabelos pretos.

-Oi eu sou a Mya, eu sei que parece estranho, mas acho que devíamos conversar. Nós somos irmãos.

— Certo – eu falei, sabia que tinha vários irmãos espalhados por aí, mas ainda era um pensamento estranho. Tipo, qual é o problema do meu pai? Ele nunca ouviu falar de camisinha? E se ele estiver afim de pegar todo ser humano com vagina tem que arcar com as consequências, como várias crianças crescendo que tem a aparência do pai, mas nunca o conhecem.

— Olha eu te entendo, sério, mas se ele te colocou nessa escola é porque ele se importa minimamente com a nossa educação e isso já é alguma coisa. Me encontre hoje às 15:00 na cafeteria, vou te levar pra conhecer nossos outros irmãos, porque querendo ou não, nós somos família.

Na hora marcada segui para a cafeteria, não é culpa dos meus irmãos que nosso pai é um babaca, eles são iguais a mim, não tiveram uma vida fácil e agora tem que estudar nessa escola porque o grandioso Robert Baratheon resolveu demonstrar como é um bom pai para o resto do mundo exceto para os seus filhos que realmente importam.

— Você veio! – Minha suposta irmã me abraçou feliz – Vem. Eu vou te apresentar ao resto do pessoal.

— Esse é o Edric – Mya me apontou um garoto absurdamente parecido comigo, mas ao contrário de mim, ele tinha jeito de nobre, de quem cresceu nesse mundo.

— Não estranhe quando ele falar de Robert – Mya sussurrou – ele cresceu recebendo muitas visitas do cara e o venera como se ele fosse um herói.

Edric era legal, estava empolgado em me conhecer. Disse que era filho da prima da cunhada de Robert Baratheon e foi basicamente criado pelo irmão dele, Stannis.

— Oi eu sou a Bella. – uma garota muito bonita de cabelos pretos e olhos azuis ( como todos daquela sala) sorriu insinuante pra mim. – Eu nunca conheci nosso pai e nem ia aceitar estudar nessa escola, mas veio a voz da minha mãe na cabeça. Ela nunca ia me perdoar se eu rejeitasse educação superior de graça.

— Minha mãe é orgulhosa demais – falei – ela nunca aceitaria ajuda, mas ela não está aqui pra fazer qualquer coisa, então...

— Sinto muito por isso – falou Mya solidária- acredite, eu sei como é. Mas pense nisso tudo como uma segunda chance. Você tem uma nova família agora.

Não respondi, não quero ofender esse pessoal, mas tudo o que compartilhamos é o mesmo doador de esperma, os cabelos pretos e os olhos azuis. Minha mãe era minha família e minha mãe está morta.

— Você não acredita em nada disso, mas não quer falar pra poupar nossos sentimentos – falou uma garota de 14 ou 15 anos, ela parecia destacada no cômodo, enquanto todos nós tínhamos belas feições herdadas do estúpido governador Robert, a garota tinha um queixo quadrado, grandes orelhas e quase metade de seu rosto estava coberto de alguma coisa que parecia pedra. – está tudo bem, é só aceitar que somos Baratheon, no começo vai parecer estranho, mas no final somos família.

— Eu sou Shireen – falou a garota – sou sua prima, filha de Stannis Baratheon.

Sorri pra ela, talvez seja porque ela parecia franca, ou porque ela tinha esse olhar que indicava sabedoria e inteligência, ou porque algo na sua atitude demonstrava que ela não toleraria insultos e zoações sobre sua aparência, mas eu gostei de Shireen Baratheon.

— Não somos os únicos -comentou Mya – têm os gêmeos, eles são muito gente boa, mas a mãe deles se recusou a coloca-los na escola, ela ainda deve estar com medo da rainha das cobras Cercei Lannister.

- Nem pergunte – disse Edric quando eu fiz sinal de que ia perguntar sobre a tal Lannister – eu ainda não superei todo o drama que teve 2 anos atrás por causa dela.

- Tem a Barra – disse Bella – ela tem 5 anos e é um amorzinho. Esses são os únicos conhecidos, provavelmente tem mais crias Baratheon por aí. O homem é o governador e parece que nunca ouviu falar de camisinha.

- Eu pensei a mesma coisa – falei – tipo: não é difícil conseguir uma, tem em qualquer farmácia por aí.

- Mas se ele soubesse da existência da camisinha Shireen seria a única aqui presente, então temos que agradece-lo por nunca ir a uma farmácia.

- Você tem um bom ponto.

Passamos o resto da tarde conversando e trocando histórias sobre nossas vidas. E eu pensei que talvez, só talvez, ser um Baratheon não era tão ruim assim. Pelo menos se for pra ter Mya, Edric, Shireen ou Bela como família.