Um almoço com os Uchiha.

Capítulo único


A manhã na casa dos Uzumaki amanheceu com o cheiro da deliciosa comida de Hinata. A Hyuuga mais velha queria que a refeição tão especial ficasse pronta o mais rápido possível. Enquanto deixa a carne de porco cozinhando na panela, sobe para o quarto dos filhos, abrindo a janela.

—Mãe… Que horas são? Tão cedo… - Himawari pergunta, esfregando os olhos. Logo é acompanhado pelo bocejo de um certo loirinho que estava na cama ao lado.

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—Já são quase dez da manhã. O Sasuke chegou de viagem ontem e vai vir almoçar aqui hoje.

—É verdade. O pai combinou com eles ontem, não é? - Boruto se lembrou, recebendo uma resposta positiva da mãe. Logo se levanta e vai em direção ao guarda roupa.

—Boruto, Himawari. -A ex Hyuuga chama a atenção dos mais novos. - Depois acordem o seu pai por favor.

— Pode deixar, mãe. - O mais velho dá um sorriso sacana, pensando em como iria acordar o patriarca.

Depois de alguns minutos, o filho mais velho vai para o quarto ao lado e se depara com um Naruto dormindo com os olhos entreabertos, babando no travesseiro. O loiro abre uma das gavetas do criado mudo ao lado da cama dos pais, dando de cara com um objeto curioso. Ele apertou um botão e o utensílio vibrou. A ideia veio como um estalo na sua mente. Aproximou o instrumento perto do rosto do Uzumaki mais velho, ligando o aparato para assustar o portador da besta de nove caudas. O primogênito caiu no chão, rindo. Naruto o encara atônito, reparando no que estava em suas mãos.

— Aonde você achou isso, Boruto?

— Estava em uma das gavetas - O menor disse, reparando na anatomia estranha do objeto - Afinal, o que é isto?

— Isso… - Quase se engasgou - A sua mãe usa para arrumar o cabelo! - Ele disse esticando a mão na direção do filho - Ande, me dê isso logo. Hinata vai ficar brava se souber que você andou mexendo nas coisas dela.

Mesmo ficando um pouco desconfiado, Boruto sai do quarto, gritando para o pai se arrumar. Pouco tempo depois se ouve um Naruto descendo as escadas, indo diretamente para a cozinha. Observa as crianças brincando na sala.

— Querida, melhor esconder seu... Brinquedo em um lugar mais, você sabe, discreto. - O Uzumaki mais velho chegara por trás da esposa, abraçando ela por trás.

A esposa do sétimo Hokage corou em resposta, gaguejando. Falava algumas palavras sem nexo.

— Bom... Como vai o almoço? Posso ajudar em alguma coisa?

Hinata encara o marido. Normalmente ela não aceitaria ajuda dele, mas como estava um pouco atrasada, resolveu que usaria um pouco de sua boa vontade.

— Se você puder descascar as cebolas e as batatas seria ótimo. - Deu um sorriso simplório.

— Eu nunca fiz isso. - O loiro fez uma cara um pouco contrariada, pegando uma faca para manusear os alimentos - Lutar com alguém seria mais fácil.

— O que? O grande sétimo Hokage tem dificuldade de cortar alguns legumes? - A morena disse em um tom risonho. Chocou seu quadril com o do mais velho como uma forma de provocação.

— Ei, ei! O que estão fazendo, papai, mamãe? - A pequena girassol pergunta animada.

— Estamos fazendo almoço, princesa. - Naruto responde, dando um sorriso largo - Tia Sakura e os outros vem almoçar conosco.

— A tia Saky e a Sarada?

— O tio Sasuke também vem.

— Tio... Quem?

Himawari nunca tinha conhecido o Uchiha. Na época que em que nasceu ele estava viajando. Parando para pensar se há pouco tempo nem Sarada, sua própria filha, lembrava do rosto do pai, quem dirá a mais nova Hyuuga.

— É o meu melhor amigo. - Naruto disse estufando o peito - Ele não é legal que nem o papai aqui, mas... É, ele tenta.

— Ninguém é mais legal que o papai. - A pequena diz caindo na gargalhada.

A campainha toca. Ouve-se uma risada infantil seguida pela voz feminina de Sakura.

— É verdade. Seu pai e Naruto já quase ferraram nossas missões inúmeras vezes. - A rosada se dirigia a sua filha, que estava perguntando da época que os três eram um time de Gennins.

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— Não me envergonhe em frente as crianças, Sakura. - Naruto diz em um tom brincalhão.

— Mas você já faz isso muito bem, velho de merda... - O comentário quase inaudível do primogênito não passou despercebido por Sasuke, recebendo uma risada discreta como resposta.

— Por falar nisso, Sasuke, você não conhece minha filha mais nova, não é? Himawari, venha cumprimentá-lo.

Por trás do casaco largo e laranja do mais velho surge a pequena, um pouco ressabiada. A presença do Uchiha causou certa insegurança à ela.

— Ora... O que foi? - O moreno se abaixa, tentando ganhar a confiança da menor dando um sorriso simpático.

— ... - A pequena flor de girassol repentinamente larga da blusa do pai, correndo na direção do outro homem e o abraça, causando surpresa em todos - Tio Sasuke, tio Sasuke! - Himawari diz risonha.

— Mas... O que o papa fez? - Sarada estava ao lado de Boruto. Não gostava muito da situação.

— Não foi ele, foi a Hima. Ela tem essa... Aura de fofura que conquista a todos.

— Demorei quase duas semanas para ganhar alguma demonstração de afeto dele. - A Uchiha mirim disse, cruzando os braços.

Sasuke quase se choca em sua filha quando Himawari o puxa para mostrar seus desenhos que estavam no andar de cima da casa. Ouve-se uma risada estranhamente feliz - Que até agora Sarada nunca tinha ouvido de seu pai - seguido da voz infantil da pequena Hyuuga.

— ...e o papai ficou super bravo com o homem da lua e salvou a mamãe das garras do malvado! - A princesa dizia com tanta convicção que até parecia que ela tinha presenciado a luta.

— Hey, idiota, por que não me contou que tinha uma artista na família? Aposto que puxou isso do lado da Hinata - O Uchiha deu uma piscadela para a menor, fazendo um carinho rápido em suas madeixas.

— Que surpresa, Sasuke se dando bem com crianças. - A perolada diz, colocando a mesa para almoço.

— Ele gosta de crianças, só não sabe muito bem demonstrar isso. Nem comigo ele demonstra isso direito ainda.

— Sempre imaginei que ele fosse do tipo que não quisesse crianças.

A conversa fluía na cozinha, com risadas e comentários bobos por parte de Naruto. Somente um núcleo não estava tão feliz assim.

— Eu sei que meu pai é ocupado. Tão ocupado que só fui o conhecer de fato onze anos depois, o procurando com o sétimo e com Chocho. - A menina comentava.

— Foi por isso que insistiu em levar o bentô para o meu pai?

— Sim, foi uma aventura e tanto. O Sétimo é fantástico. - Disse se lembrando da enorme quantia de chakra que fluía no loiro - Ele inspira os outros a continuar adiante.

— Hã? Aquele moribundo inútil do meu pai que fica dias sem vir pra casa?

— Tenho certeza de que ele faz isso, mas que se pudesse ele ficaria mais tempo aqui. Ele ficou muito feliz quando falei que foi você que mandou o bentô.

Subitamente Boruto sentiu suas bochechas esquentarem.

— Você disse que fui eu quem enviou? - O loirinho exclamou, com sua voz estridente - Sabia que quando ele finalmente resolve voltar para casa ele só fica de dengo com a minha mãe? Ele até esquece de fazer a barba vez ou outra!

— O meu papa também. Quando ele dorme em casa, a mama sempre fica com olheiras no dia seguinte. Aposto que nem dormem para colocar o papo em dia.

E o casal de amigos conversava abertamente sobre suas frustrações com os respectivos pais, o que não passara despercebido para um certo Uchiha com uma face carrancuda.

— Crianças, o almoço está pronto. - Hinata se pronuncia, chamando a atenção dos dois.

A mesa posta na sala principal suportava oito pessoas. A Hyuuga mais velha, Himawari e Boruto sentavam de um lado da mesa, do lado oposto sentava Sakura e Sarada. Nas pontas sentavam Naruto e Sasuke. Diferente de antes, não estavam trocando muitas palavras e o portador do Sharingan ficava observando a pequena cópia de seu antigo rival.

— Você... Se dá muito bem com a Sarada - Pigarreou, observando o mais novo.

— Sim... - Começou a ficar com medo de Sasuke - ... senhor. Afinal estamos no mesmo time, liderados por Konohamaru.

— Mas por que você perguntou, querido? Nossa filha vive falando das missões dela.

O patriarca bufou, tirando seu olhar do loirinho.

— Aliás... Boruto, o cinema ainda está de pé, certo? - Sarada se pronuncia.

Aquilo fora o suficiente para retomar a atenção de seu pai. O loirinho sentira uma fisgada no seu estômago.

— Que filme vocês vão ver?

— Vamos ver o novo filme do Kagemasa, senhor. - O mais novo respirou fundo - A sessão começa as sete da noite.

— Você vem buscá-la em casa? - Sasuke lhe lançou um olhar assassino.

— Se o senhor quiser... - Estava se controlando muito para não gaguejar.

— Da próxima a gente leva o tio Sasuke! - Himawari disse animada.

— O Sasuke? Aposto que ele nem tem interesse nesse tipo de coisa. - Hinata responde a filha, sorrindo.

— Adoro os filmes desse… Kagemata. - Sasuke se pronuncia - Posso ir com vocês?

— Papa, está me envergonhando. É Kagemasa. Você realmente conhece os filmes dele?

— Oras, está duvidando do seu pai?

Sakura observava a cena, rindo por dentro. Nunca pensou que estaria viva para ver o lado enciumado de seu marido.

— Querido, deixe que as crianças se divirtam.

— Mas eu nunca fui em um cinema…

— Tudo bem, a gente pode ir em outra ocasião.

Sasuke suspirou, dando-se por vencido. Quanto ele havia perdido em suas viagens? Sua menininha já está crescida, sabe se defender. Está até saindo com… O filho de um certo idiota. Bem que gostaria de parar de viajar e ficar mais tempo em casa com seus dois amores, mas sabe também que sua missão é de extrema importância, até mesmo para protegê-las.

O patriarca sorri.

De nada faria mal adiar sua jornada em três ou quatro semanas.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.