Histórias do cara do balcão.

Despedidas... Foi um prazer.


Hey!

Legal te ver por aqui, que bom que você apareceu!

Como você está? Tudo bem?

Sinceramente, eu não tenho certeza de como eu estou. É uma mistura de empolgação e tristeza com uma pitadinha de medo. Vai ser meio chato deixar o prédio depois de cinco anos... Eu tive meu primeiro emprego aqui! E todos os empregos que o sucederam também! Por outro lado, vai ser divertido explorar o que restou do mundo com nada além de uma mochila nas costas, um sorriso no rosto e um espírito aventureiro meio sem noção. E, é claro, existe aquela pontinha de medo que acompanha qualquer aventura...

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Ainda não faço ideia do que vou fazer, mas garanto que vai ser muito divertido!

Quanto às despedidas, já me despedi de todo mundo por aqui. Algumas foram emocionantes (não a ponto de arrancar lágrimas, mas algumas pessoas realmente alegam que vão sentir minha falta), algumas foram bem chatas (no estilo "vou embora", "tá, tchau") e algumas pessoas comemoraram quando souberam da novidade... Entre elas, o Sr Sans-cullote e o Sr Dragão (lembra deles? O colarinho branco e o bibliotecário, respectivamente).

A Chef Olga disse que estava feliz por se livrar de um incendiário maluco em potencial, mas me abraçou e me deu um milhão de recomendações ("não ponha fogo em nada", "não fale com estranhos", "não roube tortas de estranhos", "não ponha fogo em tortas roubadas de estranhos"...). Além disso, ela me deu "suprimentos" para a viagem! Ou seja, agora minha mochila está cheia de frutas secas, biscoitos duros, barras de cereal e outros alimentos quase não perecíveis que garantem a sobrevivência. Ela também me deu uma garrafa d'água.

Boas novas: de fome e/ou sede, eu provavelmente não morro!

Me despedi do Valtério/Vagner/Victor na cafeteria e ele é um dos que alegam que vão sentir minha falta. De acordo com ele, as coisas vão ficar muito paradas por aqui sem minha presença! Deixei nosso tamagotchi com ele porque, vamos ser francos, ele é um pai um milhão de vezes melhor que eu. Eu seria capaz de perder o Ryngo/Romero/Rettro em um país e só me dar conta quando estivesse em outro! Ele vai ficar muito melhor por aqui.

A Dra Acre foi bem fria, mas eu sei que, lá no fundo, ela vai sentir minha falta. Ou, pelo menos, é a ilusão que eu gosto de acreditar. Ela só me disse um "já vai tarde"... Mas ela também parou o trabalho dela para me dar um aperto de mão, o que, na língua dela (que eu poderia chamar de "Dra Acrês") significa que eu sou importante o bastante para conquistar alguma parte do respeito dela.

Ninguém no topo da cadeia alimentar foi muito reativo à minha demissão... Alguns comemoraram, como eu já disse, mas a maioria só ignorou completamente o acontecimento. A Cachinhos Dourados nem apareceu para me dar um tapinha nas costas ou me xingar por qualquer motivo... E a Branca de Neve só me deu meu último salário e saiu sem mais palavras. Estritamente profissional.

A tia da creche (lembra dela? A pessoa que eu posso ou não ter arruinado o casamento e a relação extraconjugal) disse um "bem feito, finalmente aconteceu!" e fez um gesto não muito educado para mim... Acho que ela ainda está meio chateada comigo por tudo. Mas, antes de eu ir embora, ela me deu uns cookies, daqueles de aveia que sempre ficam na creche para as crianças.

Lembra que eu disse que jamais comeria um biscoito dado por ela por medo de envenenamento? Pois é, eu mantive a promessa! Mas distribuí os cookies entre as criancinhas enquanto me despedia delas.

Espero sinceramente que não estivessem envenenados.

Até dei um tchau para o novo recepcionista! Não que a gente tivesse intimidade nem nada... Só que eu sou aquele tipo estranho de pessoa que força amizade com todo mundo e, nesse caso, se despede de todo mundo quase literalmente.

Acho que, agora, só falta você.

Então... Tchau? Sei lá, foi um prazer te conhecer, de verdade, mas não acho que a gente vá se ver de novo... Afinal, eu vou partir por aí sem rumo e, acredite, sou péssimo em manter contato! E a gente nem sabe o nome um do outro nem nada... Mas quem sabe a gente não se esbarra por aí? Não no meio de uma guerra, eu espero... Ou, pelo menos, não de uma causada por mim!

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Eu poderia me despedir em terassá, mas existem, tipo, uns 17 a 21 modos diferentes de se despedir em terassá, todos usados em ocasiões diferentes e com significados ligeiramente diferentes também... E meu terassá simplificado ainda não é tão bom para contemplar todas essas sutilezas!

Enfim... Já tagarelei demais, não? Está ficando tarde! Acho melhor acabar isso de uma vez, pegar minha mochila e cair fora. Rápido como arrancar um curativo (pelo menos só dói muito na hora! Depois passa!).

Gostei de te conhecer. De verdade.

Adeus.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.