Crônicas de um eu lírico Palavras de uma Poetisa

Capítulo 12 - Crônica: Páginas de um diário


Crônica

Paginas de um diário

Diário! Uma simples palavra que guarda tantos segredos. Suas páginas são recheadas deles.

Outro dia, em uma conversa com um grupo de amigos, esse assunto veio à tona. Lembramo-nos dos nossos velhos diários (ou melhor, do nosso primeiro diário).

Particularmente, nunca fui ligada a ter um diário, até hoje não sei realmente o motivo de não ter um.

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Voltando a conversa, uma amiga relatou que em seu primeiro diário, descontou todas as páginas falando do seu primeiro amor, o que foi comum entre todas as outras pessoas, Cátia (iremos chama-la assim) disse que em algumas dessas páginas, há borrões e marcas de lágrimas, gastou cinco páginas relatando sobre seu amor platônico e o beijo compartilhado entre sua melhor amiga.

Na época não nos conhecíamos, o acontecimento foi em sua época de colégio, quinta séria se me recordo. E isso a devastou, o ciúmes era tanto que ficou sem falar com a bff por três dias inteiros (e para uma amizade de longa data, isso é muito).

Depois desta história só conseguíamos rir da nossa ingenuidade e como éramos tolas. Uma tolinha linda.

Após uma rodada de coquetéis, voltamos a falar dos diários, agora sobre como nosso fiel escudeiro abraçava nossas irritações com os nossos pais.

Já dizia Elis Regina: “Como nossos pais”, agora nas páginas dos nossos (futuros) filhos seremos o alvo das linhas.

E venho com uma velha reflexão o diário é um rito de passagem através do tempo. Um legado a ser criado. Daqui a dez, vinte anos nossa prole terá esta mesma conversa com o seu grupo de amigos, assim como nossos netos e até o ciclo da vida ter seu fim (se é que um dia terá o tal fim).

Então meu velho querido diário o que há vida tem de guardado pra mim.