Second Chance

Madrasta


– Que putaria é essa?!? – Mas que merda! Logo agora que a coisa estava ficando boa, vem alguém e atrapalha. Eu escondi o meu rosto na curva do pescoço de Edward morrendo de vergonha. Ele fez o mesmo.

– Emmet, sai daqui. – Ele murmurou em meus cabelos, e o fato da sua respiração estar perto do meu pescoço me fez arrepiar.

– Que poca vergonha! Eu nunca pensei que você fosse desse tipo, Edward. Há alguns anos atrás você fazia de tudo pra não chegar nessa situação. Isso que dá ficar sem...

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– Emmet, sai daqui! – Edward levantou o seu rosto para encarar o irmão. Ele serrou os olhos e disse de forma sombria. – Ou eu juro que conto para a Rosalie sobre o vestido rosa favorito dela que está “misteriosamente” desaparecido.

– Tá, tá. Ok. Não precisava jogar sujo. – Eu olhei para Emmet ele estava com a mão em seu coração fingindo estar magoado. Ele daria um ótimo dramaturgo.

– Poupe-nos de seus dramas. Gaste-os com a Rosalie, afinal, você vai precisar. – Lentamente ele se virou e deu de cara com a Rosalie que tinha um olhar mortal de dar medo.

– O que aconteceu com o meu vestido Valentino rosa de seda pura, amorzinho? – Rosalie pronunciou a ultima palavra com uma certa acidez e eu ive que rir. Ele estava encrencado.

– Haaaam, huuum.... num sei amor, ele sumiu, lembra?

– Emmet, quanto mais você me enrrolar pior será para você. – Emmet pareceu pensar por um instante analisando a situação.

– Ok, mas prometa que você não vai me desmembrar ou algo do tipo.

– Eu prometo. – Pelo olhar dela, eu diria que essa promessa pode se quebrar facilmente.

– Eu... botei fogo.

– VOCÊ O QUE? VOCÊ BOTOU FOGO NO VESTIDO QUE EU GANHEI DO PRÓPRIO VALENTINO GRAVANI? VOCÊ FICOU LOUCO? AQUELE MODELO ERA EXCLUSIVO!

– Foi sem querer! Eu estava entretido no jardim soltando bombinhas de 4 de julho e uma fagulha pegou no vestido que estava no arame secando. A coisa parecia que era inflamável por que eu nunca vi um tecido queimar tão rápido. Amor? Você está bem? – Rosalie estava com os braços colados ao corpo e com os unhos e olhos fechados. Ela se virou e saiu. – Droga! Querida, não fique com raiva de mim! Foi sem querer! Querida! É só um vestido!

– NÃO É SÓ UM VESTIDO! É O PRIMEIRO VESTIDO QUE O VALENTINO FEZ! AQUILO ERA UMA RELÍQUIA! – Eu pude ouvir os dois continuarem a discutir ao longe. Parei de prestar atenção nele e voltei a minha atenção para Edward que, agora, estava apoiado em seu cotovelos para tirar o peso de seu corpo sobre o meu.

– Desculpe por isso. – Eu sorri para ele.

– Não foi culpa sua.

– Mas isso foi. – Eu segui na direção em que ele apontava e vi as nossas duas blusas caídas no chão.

– Não completamente. – Ele sorriu e se levantou. Vestiu sua camisa e me entregou a minha blusa que eu vesti rapidamente por causa da vergonha que eu estava.

– Ainda sim... – Eu me virei para ele e o vi sorrindo torto e encarando o chão. – Me desculpe pelo o que quase aconteceu. Isso foi um ato impensado e precipitado. Isso não irá acontecer de novo. – Eu corei um pouco quando ele disse isso. Poderia até mesmo ser precipitado, mas eu não me importava nem um pouco. O que mais me surpreendia era o fato de eu poder me entregar tão facilmente a ele. Eu achei que eu não estaria preparada para isso tão cedo, ainda mais depois do que me aconteceu. Mas com ele as coisas parecem ser tão certas, tão natural. E eu estaria mentindo se eu dissesse que não estava desapontado quando ele disse que isso não iria se arrepetir. Mas eu entendo, ele tem medo que aconteça de novo.

– Eu não te desculpo. Não faz sentindo te desculpar pelo o que não aconteceu e por algo que eu não me arrependeria. – Ele sorriu torto para mim, e, como de costume, eu fiquei feito uma boba corando e com o caração descontrolado. Isso é muito incoveniente, ainda mais quando ele pode escutar a situação que meu coração se encontra. Ele veio até mim e me deu um leve beijo.

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– Está na hora de você ir para casa. Sua mãe está para chegar. – Eu acenti e nós descemos as escadas. Peguei minha mochila, que estava jogada no sofá, e quando olhei em volta eu vi Alice conversando com Esme. Eu fui em sua direção. Alice parou de conversar com Esme e também veio em minha direção. – Hey.

– Hey, Belle. Então, o que quer me perguntar?

– Quando Nessie estava para dizer sobre a sua gravidez, você pareceu que já sabia. Achei que você não pudesse vê-la.

– E não posso, mas eu posso ver você. – Eu olhei para ela confusa.

– Como assim?

– Eu vi quando você comprou o teste na farmácia, e como era óbvio que não era para você, eu presumi que seria para a Nessie. Tentei não pensar no assunto até eu ter certeza. Mas quando eu vi que a Nessie iria fazer um comunicado para toda a família, estava mais do que na cara que tinha dado positivo. Você não tem idéia o quanto eu estou ansiosa para ter um sobrinho-neto. – Ela deu um largo sorriso eu quase sorri também.

– Você não tem medo que a gravidez dela seja de risco?

– Não.

– Por quê? – Alice que me desculpe, mas é muito pouco caso não se importar. Querendo ou não, Edward tem razão. A gravidez dela pode ser algo preocupante, afinal, o que pode surgir de uma meia vampira e um metamorfo?

– Por quê quando eu procuro no nosso futuro algo sobre ela, eu não vejo nada.

– Claro, você não pode vê-la.

– Exatamente. – Eu pensei um pouco sobre o que ela disse e levei um tempo para entender.

– Se ela não sobrevivesse você saberia. O futuro não seria mais incerto, você poderia ver tudo por que ela não estaria por perto para “embaçar” o que você está tentando ver. – Ela acentiu e sorriu para mim. Eu suspirei aliviada, Nessie vai ficar bem. Senti uma mão fria tocar o meu ombro. Era Edward, e ele tinha um largo sorriso.

– Vocês acham que eu vou ser um bom avô? – Nós duas rimos. Olhei para Alice e sibilei um obrigada. Ela havia tirado toda a preocupação de Edward. Bom, eu não diria toda mas sim em parte, já que ele já demonstrou ser exageradamente preocupado, mas isso já é um começo.

– É lógico que você vai ser. – Nessie apareceu e o abraçou. Ele afagou os seus cabelos e depois beijou a sua testa. – A vovó Esme quer falar com você. É algo sobre uma casa SÓ minha e do Jake. – Edward revirou os olhos e resmungou alguma coisa. Aparentemente ele não gostava da idéia.

– Depois, eu tenho que levar a sua madrasta pra casa agora. – Todos nós ficamos encarando-o. Isso era muito sem noção. – O que foi? O que tem de mais? – Antes que alguém falasse eu respondi.

– Primeiro: eu não estou casada com você ainda. Segundo: madrasta é uma palavra tão forte e que lembra algo mau e ruim. E eu não sei se vocês perceberam, mas eu não sou uma pessoa ruim. Eu sou até legalzinha. – Todos deram uma leve risada mas o Edward estava com um sorriso bem grande para o meu gosto. – O que foi?

– Você disse ainda. – Eu fiquei meio sem entender então tentei me lembrar de tudo o que eu havia dito. Oh, é verdade, eu disse ainda.

– Você entendeu o que eu quis dizer. – Eu revirei os meus olhos por causa da empolgação exagerada dele.

– Sim, quer dizer que há possibilidade.

– Tudo é possível, mas nem sempre é viável.

– Não seja estraga prazeres.

– Eu não estou sendo, eu estou sendo racional. Não tem nem uma semana que estamos juntos, então não faz o menor sentido estarmos tocando nesse assunto.

– Na minha época isso era bem normal.

– A sua época já foi a muito tempo, não é não? – Ele revirou os olhos e me puxou em direção à porta, deixando a Nessie e a Alice, que estavam rindo, para trás.

Durante o caminho para a minha casa eu fiquei pensando sobre o termo madrasta. Eu não gostava dele. Ele não cabia a mim. Eu olhei pelo canto do olho e peguei Edward me encarando.

– No que você está pensando?

– No quanto o termo madrasta me encomoda. – Edward franziu a testa e me deu um sorriso sem graça.

– Eu sei que foi meio cedo para tocar no assunto, eu só...

– Não, não é isso.

– Então o que é? – Edward olhou fundo em meus olhos e eu olhei nos seus. Ele estava preocupada, ou talvez encomodado, não sei ao certo. Percebi que ele não estava olhando para a estrada e isso me preocupou. O que ele quer? Nos matar? Ou melhor, me matar? Eu sei que ele é do tipo “fodão”, mas dirigir sem olhar pra rua aí é exigir demais do meu senso de perigo. Ok, talvez meu senso não seja muito bom, já que meu namorado é um vampiro.

– Olha para a estrada enquanto dirigi, por favor? – Ele sorriu para mim e balançou a cabeça.

– Eu não vou bater.

– Mesmo assim. Acho que não custa nada você fazer isso não é verdade? Você está me deixando nervosa fazendo isso!

– Tudo bem. – Ele sorriu torto e olhou para frente enquanto segurava a minha mão e fazia peguenos circulos nela acariciando-a. Eu gosto da sensação da sua pele fria tocando a minha. É boa. – E então?

– Então o que? – Eu o olhei confusa e ele se virou para mim impaciente. Eu apontei para frente e ele voltou o seu olhar para a estrada.

– Por quê você se encomoda com a palavra madrasta?

– Ah, isso. É que... eu não sei. É só que não parece certo. Parece que a palavra errada.

– Você acha que a palavra certa seria mãe?

– Não, lógico que não. Que idéia Edward! – A palavra é mais do que certa. Ela é ideal, perfeita. Mas eu sei que não sou a mãe de Nessie e eu não iria tentar me comportar como tal por quê eu nunca poderia assumir esse papel. Edward olhou para mim e soltou uma leve risada. Acho que o meu desespero em tentar me explicar me denunciou um pouco.

Os outros cinco minutos, até a minha casa, foram feitos em silêncio. Edward parou na porta e eu vi que o carro da Carol estava na garagem. Oh, merda ela chegou mais cedo. Eu iria ouvir poucas e boas.

– Te vejo mais tarde? – Edward acentiu.

– Eu vou deixar o carro em casa e volto. – Eu sorri para a resposta dele e já ia saindo do carro quando ele me puxou de volta para me dar um leve beijo. Leve até demais. Eu queria mais, eu queria aprofundar o beijo, mas a minha conciência não deixava por quê ela sabia que, neste exato momento, Carol estava na janela vendo tudo. – Até daqui à puco.

– Até. – Peguei os meus materiais e sai do carro.

Quando eu abri a porta da cozinha, eu dei de cara com a Carol.

– Quem era ele? – Ela tinha um olhar furioso em sua expressão. Decidi que não iria me deixar ser intimidada por ela.

– Meu namorado. – Seu olho se arregalou e sua boca caiu.

– Seu namorado? Desde quando?

– Desde segunda-feira.

– O quê??? E como você não me contou isso antes?

– Era nescessário? – Eu fiz uma cara inocente para ele e ela ficou com mais raiva.

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– Lógico que era, Belle! E por que você não o me apresentou até hoje?

– Por quê você iria surtar, como está fazendo agora. Então eu preferi que você surtasse só comigo, e não na frente dele. – Ela ficou me encarando por um momento e eu fingi que não estava nem ai. – Já terminou? Eu tenho que tomar banho.

– Não. Qual o nome dele?

– Prenome ou completo?

– Completo Belle! Eu quero a ficha dele inteirinha. – Eu revirei os meus olhos e sentei em uma cadeira e depois suspirei fundo.

– Edward Anthony Cullen.

– O filho do médico?

– Esse mesmo.

– Humm. – Ela acentiu e ficou pensativa por um tempo. Ótimo, ele havia sido aprovado quanto à família. – Bom aluno?

– Não. Ele é o melhor do segundo ano. Apenas notas 10. – Ela arregalou os olhos em admiração. É, ela irá aprová-lo facilmente.

– Festas?

– Só as que a sua irmã, Alice, faz e as do colégio.

– Bebidas?

– Detesta.

– Cigarro?

– Odeia, principalmente o cheiro.

– Mulheres?

– Só eu e sua ex-namorada. – Que, diga-se de passagem, é a minha cara.

– Condição financeira?

– Mãe!

– O que é? Filha minha não namora com qualquer um não. – Eu bufei. Como pode ser tão interesseira?

– Pelo amor de Deus!

– Fala logo!

– Ele é rico. – E mesmo se não fosse eu ficaria com ele.

– O quão rico?

– Você viu o carro que ele estava dirigindo?

– Sim, mas podia ser do pai dele.

– Mas não é, é dele. Há nove membros em sua família e todos tem carro de luxo. – Minha mãe arregalou os olhos.

– De luxo tipo...

– BMW, Corvette, Porsche, Jaguar, Mercedes...

– Ok, ok. Já entendi. Tudo bem, eu deixo você namorar ele. – Eu tive que rir dessa.

– Você não tem que deixar nada, eu namoro quem eu quiser.

– Hora essa, Belle. Claro que não!

– Até parece que eu vou deixar de ficar com alguém por que você quer. – Carol bufou e seu rosto ficou vermelho. Eu pude ver em seu rosto a vontade de gritar comigo crescer. Ele fexou os olhos e respirou fundo.

– Onde você passou o dia?

– Na casa dele. – Ela me olhou incrédula.

– Mal vocês começaram a namorar e você já está indo na casa dele? Vocês pelo menos se previnem, né?

– Pelo amor de Deus! Eu fui lá ensaiar para a peça e para não passar a tarde sozinha. A família dele é bem divertida e legal, por falar nisso. – Ela suspirou aliviada.

– Qual foi mesmo o papel que você pegou?

– Satine.

– Meus parabéns filha! E ele?

– Christian.

– Nossa, que coincidência. Parabéns a vocês dois.

– Obrigada.

– Agora vá tomar banho antes que fique tarde. – Eu peguei os meus materiais e subi as escadas. Joguei minha mochila em cima da cama e, quando eu olhei no fundo do quarto, Edward estava lá sentado na cadeira de balanço.

– Fico feliz que a sua mãe tenha me aprovado.

– Você ouviu tudo, não é?

– Grande parte. – Eu bufei e ele riu. – A sua mãe não acreditou muito quando você disse que foi ensaiar lá em casa.

– Por quê você diz isso?

– Belle! Vem aqui um pouco! – Escutei Carol me chamando de seu quarto. Eu lancei um olhar desconfiado para Edward e eu o vi segurando um pouco o riso. Fui até o quarto dela e ela estava de costas para mim procurando algo em sua gaveta.

– O que foi?

– Espe... achei! Aqui, pega isso. – Eu estendi a mão e ela me entregou um pegueno pacote. Fala sério!

– Mãe...

– Não vem com essa que eu sei que você vai precisar. Agora vai tomar banho. – Eu entrei no quarto resmungando de nervoso. Edward estava rindo e eu pude ver que ele segurava para não gargalhar. Eu fiquei vermelha, de vergonha e raiva.

– Não é engraçado.

– Quando eu vejo a sua cara e escuto os pensamentos da sua mãe, isso fica muito engraçado. – Eu revirei os meus olhos e joguei o pacote de camisinha para ele. Ele pegou e me olhou sem entender.

– O que? Quem vai usar isso é você e não eu. – Ele parou de rir e sorriu nervosamente para mim.

– Belle...

– Eu sei, eu só estava brincando. – Eu dei um sorriso sem graça, peguei o meu pijama e minha roupa íntima e fui para o banheiro.

No dia seguinte, Edward decidiu que deveria conhecer a minha mãe, e eu concordei. Graças a Deus, deu tudo certo. Carol amou ele, ela só me passou um pouco de vergonha como dizer na frente dele que ele é o marido perfeito para mim e que os nossos filhos serão lindos. Eu queria matá-la.

Passaram-se três meses e os ensaios estavam quase terminando. Eu tive algumas dificuldades em algumas cenas, como a que a Satine é quase estuprada. Ok, dificuldade é apelido, eu surtei. Edward conseguiu me acalmar e, aos poucos, eu fui me acalmando e consegui fazer a cena. Eu só esperava que no dia da peça não fosse acontecer nada. Katherine passou a andar com Alex e juntas elas convenceram aos outros garotos, inclusive Natalie, a não andar mais comigo. Eu não sei o que elas falaram e nem quero saber. Eu não sinto a menor falta deles. Nessie e Jake pararam de estudar. Nessie está em casa de repouso e Jake está sempre ao seu lado. A gravidez dela está tranguila, apesar dela estar de três meses e aparentar seis. Ainda não sabemos se será menino ou menina, a placenta bloqueia o ultra-som. Nessie espera que seja uma menina, mas algo me diz que será um menino.