Second Chance

Mudança


- Belle, você já está pronta? . – eu estava terminando de fechar a minha mala quando Carol se aproximou. Seu olhar era de pura descrença. Eu odiava vê-la assim.

- Estou sim mãe, já vou descer.

- Quer que eu levo a sua mala?

- Não precisa não. Pode deixar.

- Tudo bem então. Te espero no carro.

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- Ok.

Eu dei uma ultima olhada no meu quarto e limpei a lágrima solitária que descia no meu rosto. Eu vivi aqui durante 17 anos da minha vida e agora eu estava deixando este lugar. Mas o mais importante, eu estava deixando o pai. Achei que eu nunca perdoaria o que meu pai fez, mas eu não posso evitar. Eu o amo muito e apesar de tudo ele sempre será o meu pai. Eu queria que continuássemos a ser uma família unida e feliz, mas uma hora o conto de fadas tem que acabar e essa hora havia chegado.

Peguei a minha mala e fui em direção à escada. Enquanto eu descia eu aproveitava para dar uma última olhada em tudo. Eu sei que eu poderia voltar quando eu quise-se, mas eu sentia como se eu estive-se partindo para sempre. Estava sendo muito difícil deixar esta casa. Mas eu não vou deixar minha mãe sozinha, ela precisa de alguém para estar ao seu lado nessa hora difícil e a única pessoa que pode fazer isso, neste momento, sou eu. Me despedi de Kevin, meu pai, e da sua namorada, Katy. Eu não me simpatizava nem um pouco com ela. Ela é a culpada pela separação dos meus pais. Mas se ele preferi a secretária novinha do que a minha mãe, que é uma mulher muito inteligente e independente, o azar é dele.

- Adeus pai.

- Não diga isso Belle, adeus é algo muito melancólico. Até mais filha. – Kevin me abraçou e eu correspondei ao seu abraço. Na minha opinião, o adeus é perfeito para essa situação.

- Até mais pai.

- Ah, meu deus Belle, eu queria tanto que você fica-se com a gente. Tenho certeza que seriamos grandes amigas. – eu já não tenho tanta certeza assim. É duvido muito que isso iria acontecer.

- Eu também Katy, mas eu preciso ir. Não posso deixar minha mãe sozinha, entende?

- Claro, eu te compreendo querida. – estava mais do que na cara que ela me queria longe daqui, e eu iria fazer a sua vontade. Dei um aceno rápido e abri a porta de trás do carro para colocar a minha mala. Depois abri a porta do carona, coloquei o sinto e me virei para ver a minha antiga casa mais uma vez. Tantos momentos bons e ruins eu pasei ali. Foi aqui que eu cresci, onde eu vivi. E agora eu estava de partida para um cidade chamada Forks, que, pelo o que eu ouvi falar, era uma cidade bastante peguena. Eu estava saindo de Bend, Oregon, para uma cidade que ficava no meio do nada.

- Mãe?

- Sim querida?

- Você tem certeza que não conseguiu achar nenhuma casa em Port Angeles?

- Infelizmente não querida. Vamos ter que ficar em Forks mesmo enquanto eu não achar uma casa ou um apartamento em Port Angeles. Eu tentei achar uma casa nas cidades vizinhas e nem uma tinha algo disponível.

- Tudo bem. É só chato que você vai ter que acordar cedo para poder ir trabalhar.

- De fato. Eu odeio isso. Eu já odiava ter que levantar às sete e meia da manhã, levantar às seis agora vai ser um sacrifício. Só espero que o trânsito de Forks até Port Angeles seja tranguilo.

- Aposto que é deserto. – Minha mãe sorriu e balançou a cabeça com o meu comentário. Era bom poder vê-la sorrir só para variar.

A viagem durou dezoito horas no total, contando com as paradas feitas em várias cidades e o cochilo que a gente tirou em um hotel de beira da estrada. Foi até legal, mas no final da viagem eu estava morta de cansaço.

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- Me diz de novo por que não pegamos um avião.

- Por que eu não quero ter que alugar ou comprar outro carro. Não estamos podendo gastar muito, lembra?

- Ah, claro. Mas com o tanto de gasolina que nós gastamos dava pra comprar uns dois carros.

- Não seja dramática Belle.

- Falando em carro, como que eu vou pra escola?

- Bem... eu pedi para um conhecido meu passar para te pegar e levá-la até a escola. É só até eu conseguir o dinheiro para comprar um carro para você.

- Eu conheço?

- Não. Mas ele é da sua idade e mora perto da cidade com uma família. Ele estuda na mesma escola que você vai estudar.

- Como você o conheceu?

- Foi ele quem me mostrou a casa. Quem sabe vocês não se dão bem? Se bem que ele já tem uma namorada...

- Mãe!

- Que foi? Oh, falar sobre garotos te constrange? – Eu só fiz uma carranca pra ela. Eu morria de vergonha de falar sobre esses assuntos. Enquanto ela ria da minha cara, ela estacionou na frente de uma casa aparentemente aconchegante. A casa era branca, com uma peguena escada na porta. Peguei a minha mala e fui direto até a porta. Por alguma razão eu estava ansiosa para conhecer a casa.

- Mãe!

- O que foi querida?

- Abre a porta logo. – Minha mãe se virou para mim e me deu um largo sorriso.

- O que foi?

- Eu não esperava que você fica-se tão empolgada com a casa.

- Ah., não é isso. Eu não quero ficar segurando a mala. Ela tá pesada. – O sorriso dela desapareceu. Eu não queria deixá-la assim, mas era melhor do que dá-la a falsa impressão de que eu estava animada com tudo o que estava acontecendo.

- É só colocá-la no chão. – Eu fiz o que ela pediu e e fiquei esperando ela terminar de pegar as suas malas e trazê-las até a porta.

- Pra que esse tanto de mala mãe?

- Nós vamos morar aqui daqui em diante. Você não esperava que eu deixa-se todas as minhas coisas na casa do seu pai não é? – Eu apenas acenei com a cabeça para mostrar que eue entendia o que elea queria dizer. Ela abriu a porta e eu meus olhos percorreram todo o lugar. A casa estava toda mobiliada com móveis que eram aparentementes antigos. Eu estava surpresa.

- Você não esperava que fóssemos morar em um lugar que não tivesse no mínimo uma mesa, não é Belle?

- Para a falar a verdade eu estava esperando por isso. Onde você arranjou todos esses móveis?

- Veio junto com a casa, como um brinde. Isso não é ótimo? Segundo o que o garoto me disse essa casa tem mais de oitenta anos e o antigo morador morreu de disgosto depois que sua filha morreu e nunca mais a casa foi habitada. Somos as primeiras moradoras em oitenta anos, isso não é legal?

- Não, é melancólico. – Minha mãe ignorou o que eu havi dito e subiu às escadas. Era realmente melancólica essa história. Eu sentia uma pena tão grande desse senhor. Ele deve ter sofrido muito. Eu subi às escadas e entrei no meu quarto e que estava perfeitamente limpo e arrumado. Havia uma roupa de cama branca com borboletas que eu reconheci na hora como sendo uma das minhas colchas favoritas. As cortinas eram brancas e a parede era de um tom lilás muito lindo. Os móveis, como de todo o resto da casa, eram antigos e havia uma cadeira de balanço no fundo do quarto que, por alguma razão, me trouxe conforto ao vê-la.

- Ah, vejo que já achou o seu quarto. Precisa de alguma coisa?

- Não obrigada mãe. Eu acho que eu vou tirar um cochilo agora.

- Tudo bem querida, se precisar eu vou estar lá em baixo. – Eu acenei a cabeça concentindo o que Carol havia dito. Eu sentei na cadeira de balanço e fechei os meus olhos para sentir algo que eu não esperava sentir tão cedo. Eu estava em casa e estava feliz.

casa da Belle ( pra quem não lembra como que era a casa da Bella)

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